A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) publicou o Plano de Contingência para Doenças Respiratórias na Infância 2025. O documento tem como objetivo reforçar o atendimento da rede pública para o enfrentamento dos agravos em saúde provocados pelo aumento de doenças respiratórias em crianças, esperado entre os meses de março e agosto.
No período entre o outono e o inverno, há uma intensificação histórica da circulação dos vírus respiratórios em Pernambuco. O Plano de Contingência de 2025 tem caráter permanente, sendo referência de prevenção para os anos seguintes.
O Plano prevê a ampliação da capacidade de atendimento, a integração entre diferentes níveis de atenção à saúde e a implementação de protocolos padronizados para assegurar respostas eficazes às demandas da população. Entre as ações, destacam-se o reforço nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o monitoramento contínuo de solicitações por leitos e a intensificação das ações de imunização.
Especificamente em Pernambuco, o período sazonal ocorre entre março e agosto. Esse fenômeno está relacionado a diversos fatores, como condições climáticas, alta umidade e mutações virais, além da maior exposição das crianças a ambientes fechados, como creches e escolas, o que contribui para o aumento da transmissibilidade dos vírus.
Esses fatores favorecem a disseminação de vírus respiratórios, como Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Rinovírus e Influenza, elevando o risco de evolução para casos graves (Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG) e internações, especialmente entre populações vulneráveis, como idosos e crianças menores de 5 anos.
Para a secretária estadual de saúde, Zilda Cavalcanti, o melhor caminho é a prevenção. “O Plano de Contingência, que agora será implementado de forma permanente, é uma medida de responsabilidade para garantir a preparação da rede de saúde diante do aumento de casos. É fundamental que os pais mantenham a caderneta de vacinação em dia, assegurem a higiene das mãos, usem máscaras quando necessário e evitem levar crianças gripadas para a escola. Além disso, proteger bebês menores de 6 meses da exposição a locais públicos é essencial para preservar a saúde infantil e das futuras gerações”, alertou.
As doenças respiratórias representam uma das principais causas de internação e mortalidade em crianças, especialmente em grupos vulneráveis. Durante os meses de baixa circulação viral (setembro a fevereiro), a SES-PE mantém foco no monitoramento e na preparação. Já no período sazonal (março a agosto), a prioridade é aumentar a capacidade de resposta, com reforço em leitos e ações educativas para prevenir o contágio. (Foto: Miva Filho-SecomPE)