Oposição e PMDB articulam saída da Presidente Dilma

0
1

dilma02

A crise moral, ética-política, econômica e social enfrentada pelo Brasil, faz com que a oposição ao governo Dilma Rousseff e, principalmente setores dissidentes do PMDB, já procurem uma solução para mudar os rumos da nação. O país atravessa, provavelmente, a pior crise de sua história moderna e contemporânea, fruto da administração de um governo desacreditado pela imensa maioria da população que sofre com inflação alta e desemprego galopante. Com base no momento atual atravessado por toda a nação brasileira, surge um movimento de união que envolve parlamentares contrários ao governo petista.

Efeito Operação Lava-Jato

O aprofundamento das investigações da Operação Lava-Jato, que inclusive levaram à prisão do marqueteiro João Santana e de sua esposa Mônica Moura, foi algo determinante para que PMDB e PSDB iniciassem conversas com ministros do Supremo Tribunal Federal, com a finalidade de se alcançar uma saída constitucional que proporcione o fim do governo Dilma. As tratativas da oposição, PMDB e ministros do STF, analisam os processos de cassação e de impeachment. De acordo com o senador tucano, Cássio Cunha Lima, o momento é de que se busque um entendimento com os pmdbistas: “Sempre apostamos na cassação da chapa liderada por Dilma, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas vamos procurar o comando do PMDB, para buscar uma saída”, declarou no Senado Federal.

No PMDB, apesar do processo de impeachment ter recuado alguns passos atrás, devido à suspensão do processo no STF, e por ventura, com o apoio aliado de Renan Calheiros ao governo petista, já percebe-se que “os ventos mudaram”, principalmente em relação aos efeitos da prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas petistas, atingido “em cheio” pela “Operação Acarajé”, braço da Operação Lava-Jato, cujas investigações suspeitam que Santana tenha recebido dinheiro de forma ilícita, através de pagamentos efetuados por empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção que remontam aos desvios bilionários dos cofres públicos da Petrobras.

A esperança e grande expectativa das lideranças oposicionistas e de grande parte dos membros do PMDB, é que um processo de impeachment avance a passos largos, já que a cassação poderia demorar até dois anos, e o que se espera é que haja um efeito devastador no governo petista, as manifestações previstas para 13 de março em todo o Brasil, que serão, sem sombra de dúvida, um termômetro fundamental para se alavancar de vez o processo de impeachment. (Estadão).