Saiba como quadrilha com participação de PM em Pernambuco enganou investidores e deu prejuízo milionário

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Alvo da Operação Efectivo, deflagrada esta semana para investigar o crime de pirâmide financeira, a quadrilha contava com policiais militares de dois Estados e muita ousadia para enganar as vítimas.

Nesta sexta (20), a Polícia Civil detalhou as estratégias dessa organização criminosa para atrair as pessoas, que sofreram prejuízo de mais de R$ 5 milhões ao acreditarem em uma suposta plataforma de investimentos.

Segundo a delegada Stephanie Almeida, adjunta da Delegacia de Polícia de Repressão ao Estelionato, os criminosos prometiam lucros de 1,99% para atrair o interesse das vítimas para depositar recursos na suposta plataforma.

“Prometiam até 300% de lucros em três meses. Muito acima do praticado no mercado”, observou a delegada.

Com o dinheiro em mãos, os criminosos faziam repasses para contas cedidas ou de “laranjas”.

“Não existia investimento nenhum. O dinheiro terminava voltando para as mãos dos donos da empresa que aplicava o golpe”, acrescentou a delegada.

Almeia disse que os bandidos até repassavam alguma quantia para os investidores.

“Era para manter as aparências. Eles faziam eventos luxuosos e chegavam com carros e relógios caros e, principalmente, se apresentavam como policiais militares”, declarou a policial.

Quem eram os policiais

Segundo Almeida, um dos policiais é de Pernambuco e o outro, de Alagoas.

Um deles é sócio da empresa envolvida na suposta plataforma de investimentos. O outro cedia contas para depósitos para supostos aportes financeiros. No dia da ação, os policiais confiscaram joias e relógios e carros de luxo.

A delegada disse que o caso serve para chamar a atenção. “Não se deve acreditar em promessa de lucro desse tipo. Muito alto e acima do praticado no mercado”, afirmou. Ela ressaltou que, nesse caso, a empresa não tinha autorização para trabalhar com ativos financeiros nem CNPJ.

Detalhes do crime

Segundo a polícia, as vítimas realizavam investimentos financeiros por meio de uma suposta plataforma chamada “Xpert Trade” ou de aposta, denominada “trading esportivo”.

Os investigados captavam clientes, por meio de indicações de amigos, para “realizar investimentos financeiros, com rentabilidade certa e garantida, sendo assegurado também que o investidor poderia retirar o valor do investimento a qualquer momento’.

Nos primeiros meses, as vítimas receberam o rendimento do referido investimento.

No entanto, a partir dos meses seguintes, os bandidos não mais repassavam os valores às vítimas, alegando que tinham sido “roubados”.

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