Começa às 6h20 deste sábado (21) o verão no Hemisfério Sul. Em Pernambuco, a estação, que segue até 6h02 de 20 de março de 2025, será mais quente e mais seca do que o normal.
Em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, o meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) Ailton Dias explicou o prognóstico para a estação no Estado.
“As chuvas serão de normal a abaixo da média, esperamos que sejam reduzidas. Já estaremos no período chuvoso no Sertão, três meses. Não descartando a hipótese de eventos extremos”, explicou Ailton Dias.
As temperaturas podem aumentar até 2ºC em relação à média climatológica em todo o Estado durante o verão, ainda segundo o meteorologista.
O primeiro fim de semana de verão, neste sábado e no domingo (22), deverá ter chuva fraca e isolada no Litoral do Estado, especialmente na madrugada e começo da manhã.
No Agreste e no Sertão, as precipitações devem se concentrar nos períodos da tarde e da noite. No Sertão, inclusive, a temperatura máxima pode chegar aos 38ºC neste início da estação.
A climatologia da Apac para os meses de janeiro, fevereiro e março, que englobam a maior parte do verão, indicam médias de 436 mm de chuvas na Região Metropolitana do Recife (21% do total anual), 276 mm na Zona da Mata (21%), 191,3 mm no Agreste (25%) e 302,6 mm no Sertão (49%).
No Recife, ainda segundo a Apac, as temperaturas máximas costumam ficar na casa dos 30ºC entre janeiro e março.
O início do verão é definido pelo solstício, fenômeno que faz o dia ser o mais longo do ano, já que o Hemisfério Sul estará mais iluminado pelo Sol neste sábado. Em toda a estação, os dias são mais longos do que as noites.
La Niña
Previsão do centro de pesquisa sul-coreano Apec Climate Center (APCC) indica que há probabilidade de 60% de condições para ocorrência de La Niña no trimestre de janeiro a março de 2025.
Com La Niña, as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial se resfriam anormalmente — a queda de temperatura é de pelo menos 0,5ºC. A vigência do fenômeno pode provocar chuvas fortes no Nordeste do Brasil.
No trimestre de fevereiro a abril, a probabilidade cai para 40%. Portanto, a tendência é de um fenômeno de curta duração. (Foto: Freepik).