O homem de Caruaru, no Agreste, suspeito de liderar uma quadrilha que realizava falsos investimentos na bolsa de valores de Nova Iorque e que aplicou golpe de quase de R$ 11 milhões, tinha o irmão e a cunhada, do Recife, como cúmplices do crime.
O delegado Leonardo da Silva informou
que a vítima é um idoso aposentado, residente em Florianópolis, Santa Catariana, que conheceu a empresa de investimentos no início de 2021.
Acreditando que estava fazendo investimentos na bolsa de valores de Nova Iorque, o idoso chegou a transferir, nos primeiros seis meses daquele ano, a quantia de R$ 10,8 milhões.
A empresa investigada é a Kiplar/JPIX Consultoria, com sede em São Paulo, cujo proprietário, líder do grupo criminoso, reside em Caruaru.
A operação Nova Iorque, deflagrada nesta quinta-feira (7), pela Polícia Civil de Santa Catarina, cumpriu 74 mandados de busca e apreensão em 12 estados, sendo 34 deles em Caruaru e no Recife.
“Entramos com a investigação, com as quebras de sigilo bancário e outras cautelares e verificamos que o investigado principal, residente em Caruaru, transfere os valores para um casal do Recife”, afirmou o delegado.
O casal do Recife é o irmão e a cunhada do investigado, que eram os responsáveis por pulverizar os valores em 170 contas bancárias de 12 estados no Brasil, “na tentativa de dificultar o trabalho da polícia”.
“Eles ostentavam uma vida de luxo. Foram apreendidos carros de luxo na casa deles no Recife, uma casa de alto padrão, com equipamentos e decoração de luxo, assim como na do proprietário de Caruaru”, afirmou Leonardo da Silva.
O trio defendeu que a empresa é lícita e do ramo de investimento em criptomoedas, mas o casal divergiu ao informar em quais criptoativos (moedas virtuais) operavam.
As buscas ocorrem em Pernambuco, Paraíba, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal e Paraná. (Foto: PC-PE).