Gusttavo Lima faz live e responde sobre acusações: “é um assassinato de reputação”

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O cantor Gusttavo Lima, indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais para se pronunciar sobre as acusações, na tarde desta segunda-feira (30). Foram cerca de 50 minutos de explicações, com mais de 170 mil de espectadores.

O sertanejo chegou a ter uma ordem de prisão decretada contra ele, mas o desembargador Eduardo Maranhão derrubou a decisão da juíza Andrea Calada da Cruz. Para a juíza, o pedido era procedente por causa da suspeita de que Gusttavo Lima teria ajudado duas pessoas investigadas na mesma ação a fugirem do país, durante a viagem de aniversário do cantor, na Grécia.

Para Maranhão, a decisão da juíza foi baseada em considerações genéricas.

O cantor esclareceu que a viagem para a Grécia com os indiciados ocorreu no dia 1º de setembro e que “não fazia ideia” que a Polícia Civil realizaria a operação dias depois. O advogado de Gusttavo mostrou a suposta lista dos passageiros da aeronave, sendo Ronaldo Caiado, governador de Goiás, que não está entre os indiciados, uma das pessoas que viajou com o músico.

Além disso, o sertanejo contou o momento que recebeu a ordem de prisão contra ele. “Tinha saído do banho, deitei na cama e vi a mensagem ‘tem um mandado de prisão para você’. Eu recebi a mensagem tranquilamente e fiquei à disposição da Justiça”, disse o músico.

Um dos pontos da suposta lavagem de dinheiro e organização criminosa, é a venda de uma aeronave do sertanejo para duas pessoas indiciadas da operação. O primeiro negócio foi para a empresa HSF, sendo de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte. Darwin alegou falha na turbina da aeronave e rescindiu o contrato.

Na versão do cantor, durante a live, ele disse que não sabia que a Esportes da Sorte era investigada.

Em outro momento, Gusttavo Lima negociou o avião com o indiciado José André da Rocha, dono da empresa J.M.J, que é ligada a casa de apostas Vai de Bet, empresa também investigada. A compra foi acertada pelo valor de R$ 22,2 milhões.

Apesar do negócio, o avião ainda aparece no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) em nome da Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima.

O cantor se explicou e disse que ainda falta parte de uma quitação para que a Balada deixe de ser a proprietária formalmente, passando o avião para a J.M.J, Vai de Bet.

O sertanejo afirmou, na transmissão ao vivo, que assinou um contrato para ser garoto propaganda da casa de aposta Vai de Bet em 2022, com validade até 2024. No entanto, segundo a juíza Andrea Calado da Cruz, Gusttavo Lima comprou 25% de participações da empresa, o que “acentuou ainda mais a natureza questionável de suas interações financeiras. Essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações”, disse a Andrea.

Na transmissão, o sertanejo negou ser sócio da casa de aposta e disse que o contrato estabelecido entre as partes apenas deixou uma “possibilidade de compra”.

Sobre o indiciamento por lavagem de dinheiro e organização criminosa, o advogado Claudio Bessas disse acreditar que as investigações apontarão o cantor como inocente. Gusttavo destacou que a pessoa ser indiciada não significa que ela será condenada, e sim que há “indícios” que serão esclarecidos. (Por SBT News/Foto: Reprodução Instagram).