Com a paralisação de advertência de 24 horas deflagrada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) apenas alguns serviços serão oferecidos, nesta quarta (5), nas delegacias do Estado.
Segundo a entidade, estarão disponíveis apenas atendimentos em casos de violência contra a mulher e flagrantes para ocorrências graves, como homicídios.
A paralisação começou nesta quarta e segue até as 7h de quinta (6).
Com isso, estão suspensos serviços como emissão de identidade, liberação de corpos no Instituto de Medicina Legal (IML) e registro de Boletins de Ocorrência.
Motivos
Ainda segundo o Sinpol-PE, o movimento é uma advertência pela ausência de negociações com a categoria. Ele também contesta a redução de 11,6% nos números de Mortes Violentas Intencionais (MVI) no mês de maio deste ano.
“É uma paralisação de advertência, deliberada na última assembleia, por causa da intransigência do governo nas negociações com a categoria. Estamos lutando para que a Polícia Civil seja, de fato e de direito, inserida nos investimentos do Juntos pela Segurança. Não existe nenhuma limitação orçamentária para não atenderem nossos pleitos de estruturação e valorização, disse o presidente da entidade, Áureo Cisneiros.
Por meio de nota divulgada na terça (4), o dirigente sindical contestou dados sobre a criminalidade anunciados pelo governo.
O estado afirmou que houve redução de mais de 11% nos assassinatos, na relação entre maio de 2024 e o mesmo mês de 2023.
“Quando comparamos os cinco primeiros meses de 2023 com os cinco primeiros meses de 2024, a gente percebe um aumento de 8% no número de homicídios. Divulgar apenas maio é uma tentativa de ocultar o crescimento exponencial, ano após ano, da violência no estado. Em 2023, Pernambuco foi mais violento que o Rio de Janeiro. Infelizmente o secretário Alessandro Carvalho, mais uma vez, tenta maquiar os números”, disparou Áureo. Segundo o sindicato, de janeiro a maio de 2024, foram 1.584 MVIs registrados no estado, contra 1.468 contabilizados no mesmo período do ano passado.