‘Super Sol’: Terra terá ‘periélio’ ainda nesta terça-feira (2); entenda o fenômeno

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O dia do ano em que a Terra estará mais próxima do Sol é nesta terça-feira, dia 2. É o “periélio”, dia em que o planeta está cerca de 3% mais perto do Sol, segundo o site americano EarthSky.

O fenômeno é causado pelo formato da órbita da Terra: o formato, por não ser um círculo perfeito, faz com que o planeta se aproxime e se afaste do Sol conforme ele gira em torno do corpo celeste. Nesta quarta-feira, a Terra estará a cerca de 147 milhões de quilômetros do Sol, cinco quilômetros a menos do que o “afélio”, data em que a distância é maior. A distância média é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Isso significa que o Sol deve parecer um pouco maior nesta data. O mesmo acontece todos os anos, no início de janeiro, quando é verão no Hemisfério Sul. A Terra fica mais distante do Sol no início de julho, durante o inverno. Esta data é chamada de afélio.

As datas específicas variam de ano em ano, já que a órbita não segue o calendário perfeitamente. No Brasil, o ponto máximo de proximidade neste ano deve acontecer às 21:38 do dia 2 de janeiro. Segundo o site Time and Date, essas variações acontecem por causa da órbita da Terra.

As datas do periélio e do afélio mudam um dia a cada 58 anos. No curto prazo, as datas podem variar até dois dias de um ano para outro.

Matemáticos e astrônomos estimam que em 6.430, daqui a mais de 4 mil anos, o periélio deve coincidir com o equinócio de março: data em que o dia e a noite têm duração igual, de exatamente 12 horas.

Esse fenômeno influencia missões especiais. Satélites que orbitam o Sol, por exemplo, têm periélios, que são projetados de acordo com o objetivo do estudo. Um exemplo é a Parker Solar Probe, desenvolvida pela NASA.

A sonda voa próxima da superfície do Sol, a apenas alguns milhões de quilômetros de distância, e depois recua para a órbita de Vênus para “esfriar”. Ela foi lançada em 2018 para estudar o Sol com detalhes sem precedentes.

Outra sonda da NASA que estuda o Sol é o Solar Dynamics Observatory. Veja o vídeo compartilhado pela agência americana no ano passado, onde é possível ver a atividade solar durante seis meses.