Covid-19: Anvisa recebe pedido de uso emergencial de vacina bivalente da Moderna

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(FILES) In this file photo Moderna vials sit on a table before they are loaded into syringes at a mobile Covid-19 vaccination clinic in Bridgeport, Connecticut on April 20, 2021. - The United States has now donated more than 100 million doses of Covid-19 vaccine to other countries, the White House said on August 3, 2021. It said this is more than that donated by all other countries combined and marks "just the beginning" of President Joe Biden's efforts to ship the live-saving medicine around the world. (Photo by Joseph Prezioso / AFP)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nessa quinta-feira (16), um pedido para autorização de uso emergencial da vacina contra a Covid-19 bivalente desenvolvida pela farmacêutica dos Estados Unidos Moderna. A solicitação foi feita pela Zodiac Produtos Farmacêuticos, do grupo Adium, que representa o laboratório americano no Brasil.

A dose bivalente da Moderna, assim como a da Pfizer – que recebeu o aval da Anvisa em novembro do ano passado – utiliza a tecnologia de RNA mensageiro para induzir a resposta imunológica e conta com duas versões do novo coronavírus em sua formulação: a cepa ancestral, descoberta ainda em 2019, e a variante Ômicron, predominante hoje. O objetivo é ser aplicada como uma dose de reforço para ampliar a proteção contra as linhagens que circulam hoje.

A Anvisa esclarece que a empresa já havia solicitado o registro da vacina no último dia 20, que se encontra em análise pela agência reguladora. Agora, decidiu protocolar paralelamente o pedido de uso emergencial. A diferença é que o registro é um aval definitivo, porém que demanda um prazo maior de avaliação. Já para o sinal verde emergencial a agência tem um prazo de 30 dias para fazer a decisão.

“Este prazo é interrompido sempre que for necessária a solicitação à empresa de complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados”, lembra a Anvisa em nota.

Caso receba o aval da Anvisa, ainda caberá ao Ministério da Saúde que indique o uso da vacina e faça a compra dos imunizantes para que eles sejam eventualmente disponibilizados à população. Se isso acontecer, as doses da Moderna podem ser incorporadas na nova etapa da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, que a partir do próximo dia 27 incluirá um novo reforço bivalente da Pfizer para grupos de maior risco. São eles:

Pessoas com mais de 60 anos;
Gestantes e puérperas;
Pacientes imunocomprometidos;
Pessoas com deficiência;
Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
Trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

Para a população geral, a vacinação continua com o já indicado pelo ministério e disponível nos postos de saúde: três doses para todos acima de seis meses de idade; quatro doses a partir de 40 anos e uma dose adicional aos esquemas anteriores para os que também forem imunossuprimidos. Muitos estados e municípios estendem a quarta dose a todos os adultos, o que é considerado benéfico. Não há, por enquanto, planos para imunizar a população geral com a bivalente.