Quase um quarto dos casos de câncer de pênis no Brasil leva à amputação

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O Brasil registrou, de janeiro a novembro do ano passado, 1.933 casos de câncer de pênis. Desses, cerca de um quarto precisou ser retirado por causa do tumor. Os dados foram compilados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com base em informações do DataSUS.

Para Alfredo Canalini, presidente da entidade, o total de casos é preocupante. “O Brasil tem números que são assustadoramente altos. Eles só são superados por países da África subsaariana.”

Os diagnósticos não são muito diferentes do que foi observado em outros anos. De 2018 a 2022, a média anual de casos desse tipo de tumor foi de 2.071.

Embora o número não apresente queda, a diminuição nos casos da doença não é uma tarefa tão difícil. Isso porque uma das principais formas de evitar o tumor é a higienização diária e adequada do órgão. Canalini explica que os homens precisam puxar o prepúcio, pele que envolve a glande, que é a cabeça do pênis. Então, lavar com água e sabão a região de forma a retirar toda a sujeira que pode se acumular. Após, é importante secar.

Caso o homem não consiga puxar completamente o prepúcio, é um caso de fimose. Com isso, o homem precisa procurar um médico a fim de seja efetuado um procedimento que permita a limpeza adequada do pênis.

O problema é que essa simples informação de como limpar o órgão ainda não é de conhecimento de boa parte dos brasileiros. “Nós precisamos disponibilizar informação para essas pessoas, porque aprender a lavar o pênis e usar um sabonete é uma coisa básica, mas é necessário aprender”, afirma Canalini.

Além da limpeza, a vacina contra o HPV (vírus do papiloma humano) é outro mecanismo útil para evitar o tumor na genitália. O SUS disponibiliza o imunizante para meninos e meninas de 9 a 14 anos. No entanto, Canalini afirma que os meninos tendem a desconhecer o imunizante, o que representa um problema na prevenção do câncer de pênis. (Bahia Notícias)