Anestesista colombiano preso por estupro em cirurgias apagou vídeos do celular com medo de ser preso

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Preso temporariamente nesta segunda-feira (16), por agentes da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), por estupro de vulnerável o colombiano Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos, apagou vídeos de seu celular com medo de ser preso. Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito de violentar ao menos duas mulheres sedadas durante cirurgias confessou que é ele que aparece nas imagens gravadas. Segundo os investigadores, o médico, que atuava em unidades públicas e particulares do Rio, ainda gravava os crimes e armazenava o conteúdo. A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão no imóvel.

Na próxima etapa da investigação, a Polícia Civil realizará perícias nos computadores e aparelhos apreendidos. Um dos objetivos será tentar recuperar provas que possam ter sido deletadas pelo anestesista. As duas pacientes gravadas pelo médico estavam numa mesa de cirurgia e aparentavam estar desacordadas por efeito da anestesia. Uma das vítimas foi operada no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021.

A outra vítima era uma paciente de hospital da rede federal do Rio. Em nota, a direção geral do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ)informou que “está colaborando com a Coordenação de Relações Institucionais e Articulações com a Sociedade (Corin/UFRJ), que foi acionada para o caso, que está sob sigilo judicial. Não houve denúncias à nossa unidade”.

Segundo o hospital do Fundão, “Andres Carrilho ingressou em um curso técnico-prático (semelhante a uma especialização) em março de 2018 e concluiu em fevereiro de 2021. Este curso tem uma vaga oferecida a estrangeiros e segue uma rígida seleção, sendo coordenado pela CAE (Coordenação de Atividades Educacionais). Suas etapas foram percorridas regularmente assim como o número de horas-aulas exigidas. O curso realizado resulta em um certificado que permite a ele participar de cirurgias e/ou procedimentos sempre com a supervisão de um profissional responsável. Para fins de registro no Cremerj como especialista no Brasil, o certificado precisa ser reconhecido em seu país de origem”.

Em seu depoimento na delegacia, o anestesista afirmou que nunca abusou sexualmente de crianças, “mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”. Para conseguir acessar as imagens, ele buscava por links escondidos em plataformas de vídeos.