O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a conversar com os partidos aliados nesta semana. Na pauta, um apelo para reforçar a votação da PEC da Transição, que avança nas comissões do Congresso, e as pautas no Legislativo. Nos encontros, as lideranças aliadas aproveitam o espaço para manifestar suas preferências na Esplanada dos Ministérios, no entanto, a previsão é que o petista convoque somente na semana que vem as siglas aliadas para debater a montagem do governo. Isso porque o futuro chefe do Executivo quer anunciar a equipe ministerial somente após a sua diplomação, prevista para o dia 12 de dezembro.
Ontem, o petista recebeu lideranças do PDT e PSB no hotel em que está hospedado em Brasília. Da ala pedetista estiveram presentes o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o senador Weverton Rocha e o deputado André Figueiredo. Na ocasião, as lideranças reafirmaram o compromisso com a futura gestão e manifestaram o desejo de participar do governo.
“Tivemos uma conversa agradável hoje, com o presidente manifestando que gostaria do PDT, no seu governo, sem explicitar onde”, afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Questionado se o partido poderia ocupar novamente o Ministério do Trabalho, o dirigente apenas ponderou que a sigla já ocupou o posto e não vê como repetir a experiência. Sem a presença do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lideranças socialistas se reuniram com Lula. Estiveram presentes o prefeito do Recife, João Campos, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande, e da Paraíba, Joao Azevedo, além dos líderes da bancada na Câmara atual, Bira do Pindaré, e da futura, Felipe Carreras (PSB). Na ocasião, o PSB reafirmou o pleito pelo Ministério das Cidades, que tem o nome do ex-governador Márcio França (PSB) surgindo com força. Para os próximos dias, ainda está prevista uma conversa com a bancada do partido. Os deputados eleitos já manifestaram a preferência unânime pela indicação do paulista para a Esplanada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).