Terminou agora há pouco, o julgamento de Nilberto Nunes de Santana, que matou a professora Maria das Graças Carvalho, no dia 5 de julho de 2009. Ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado. O juiz do caso foi Sydney Alves Daniel.
A sentença revelou que o réu confesso do assassinato não concedeu direito de defesa a vítima e ainda ocultou o corpo e o mesmo confessou que matou a servidora pública por ciúmes.
Durante o julgamento o acusado disse que ficou nervoso e que jogou a professora em uma ribanceira.
“Eu ainda fui conferi para saber se ela estava viva”, disse o acusado.
O corpo da vítima foi encontrado um dia depois do crime, com cinco tiros na cabeça, em uma rodovia no Distrito Industrial.
De acordo com informações da filha de professora Gracinha, Huana Samila de 21 anos, o acusado levou sua mãe em uma noite de domingo para uma área isolada do Distrito.
“Na época eu tinha 14 anos e só soube da morte dela no fim da tarde da segunda-feira, ela estava no IML sem identificação, fiquei muito abalada. Ele matou minha mãe por volta de meia-noite e o corpo dela foi encontrado às cinco da manhã em um barranco com uma marmita ao seu lado. Eles estavam conversando no carro dele e em seguida ele matou minha mãe com cinco tiros na cabeça”, conta.
Nilberto Nunes de Santana confessou a polícia na mesma semana do ocorrido que matou sua a ex-companheira. A filha de Maria das Graças conta que sua mãe sofria muito com as atitudes do seu padrasto.
“Foram oito anos de muito sofrimento e eu acompanhei de perto a dor da minha mãe. Ele batia nela no meio da rua, ela era humilhada, não podia sair de dentro de casa e o mesmo já tentou matar minha mãe em outra ocasião, eram agressões frequentes. Está sendo muito difícil até hoje aceitar a sua morte é como seu o mundo tivesse caído sobre minha cabeça”, revelou.
Maria das Graças era professora da rede pública de ensino e atuava em Petrolina e na cidade vizinha de Juazeiro. A vítima, segundo informação dos familiares, manteve um relacionamento amoroso com Nivaldo por cerca de oito anos e, após o fim do relacionamento, o autor do crime procurava a ex-companheira com a intenção de reatar a relação.
Familiares e amigos e movimentos feministas que acompanharam o caso desde a manhã de hoje (27) no Fórum de Petrolina comemoraram o resultado do julgamento.
“Esse machismo tem que acabar! Diga não a violência contra mulher! Vitória de todas nos mulheres!”.