Em uma nova fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) foram apontadas por demandas de denúncias da imprensa e de profissionais do Hospital Universitário .
Desde a última fiscalização realizada em outubro, problemas como a falta de insumos, de leitos e equipamentos foram verificados na unidade.
Segundo o diretor do Cremepe, Sílvio Rodrigues, o risco de interdição ética esteve próximo de acontecer, entre os motivos, pacientes que não contavam com o apoio de anestesistas e não tinham o contato direto com os médicos. Mas, segundo o diretor, ontem (26) a situação teve um avanço significativo.
“Nessa nova fiscalização constatamos que não existem mais problemas de insumos relacionados ao Hospital Universitário e vários equipamentos de última geração chagaram na UTI, quanto na emergência” ressaltou.
As dificuldades do antigo traumas continuam sendo relacionadas aos recursos humanos médicos e a falta de profissionais de Ortopedia.
“Hoje as filas são por conta de espera por atendimento de ortopedia, de modo geral, a falta de médicos. Foram também fechados seis leitos de UTI por falta de profissionais”, afirma Sílvio Rodrigues revelando ainda que a contratação de novos profissionais por especificidades do último concurso para a unidade não foi suficiente para atender a demanda.
A saída seria a Ebserhr (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) realizar um novo concurso para contratar profissionais que atendam os casos de emergência e UTI. Apenas oito profissionais assumiram a clínica médica, um número considerado baixo, após fiscalização do Cremepe. A seleção simplificada realizada pela Ebserh, que administra o hospital, não foi suficiente para atender a demanda. Foram oferecidas 31 vagas para cinco especialidades.
Hoje, 6 anestesistas e 11 ortopedistas estão em falta no Hospital Universitário para realizar as cirurgias eletivas, onde pacientes aguardam esse profissionais nos corredores do hospital.
“Essa fiscalização foi diferente porque focamos nos problemas atuais, que são a espera de pacientes por cirurgias eletivas e também a falta de leitos de UTI na região”, diz Dr, Sílvio Rodrigues.
No relatório da fiscalização, deverá constar através da direção do hospital, o número de óbitos nas salas amarelas e vermelhas que não conseguiram ter um atendimento adequado por falta de leitos de UTI em seguida o Cremepe seguirá com as notificações que também serão encaminhadas às prefeituras de Petrolina e Juazeiro, que assumiram responsabilidades no hospital.
Na fiscalização, 60 pacientes estão internados, 25 estavam na enfermaria e 35 espalhados pelos corredores. 90% deles estavam esperando por uma cirurgia ortopédica, um problema que perece não ter fim.
Ainda ficou claro que,
Os convênios firmados entre as Prefeitura de Petrolina e Juazeiro-BA e o Hospital Universitário de formação de equipes com anestesiologista e ortopedista não é uma realidade, segundo apontou o relatório do Cremepe.
“Dos dois convênios firmados entre o hospital e as prefeituras de Petrolina e Juazeiro, só aconteceram 12 cirurgias em 15 dias. No nosso entendimento é muito pouco para o convênio firmado. O quantitativo de anestesiologista e ortopedista não é o suficiente para tirar a lista de espera. No relatório vai constar também esta realidade, de que existe o convênio, mas que não foi contemplado para tentar reverter a situação”, destacou o presidente do Cremepe.
O Conselho Regional de Medicina deverá abrir uma ação civil pública, além de uma sindicância por parte do Conselho. A previsão é de que o relatório da fiscalização esteja pronto já na próxima semana. Enquanto isso, pacientes ficam nos corredores e esperam por macas e pelo atendimento médico.