O câncer de mama é a doença mais freqüente entre as mulheres do mundo inteiro. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que para 2015 são esperados mais de 57 mil casos novos. Isso significa que a cada 100 mulheres, 56 terão a doença no país.
E neste mês em especial, uma série de atividades voltadas ao compartilhamento de informações sobre a doença, a promoção e a conscientização sobre a importância da detecção precoce da enfermidade é realizada em todo o mundo. Em Juazeiro, a Secretaria de Saúde tem a parceria do Instituto de Prevenção Ivete Sangalo (Fundação PIO XII) e divulga que de 2007 até 2015 foram realizados, aproximadamente, 47 mil exames na região. Destes, 400 casos da doença foram confirmados na microrregião de Juazeiro.
O médico mastologista da rede especializada do município, Carlos Gustavo, explica as linhas de rastreamento da doença que devem ser observadas pela população, especialmente o público feminino. “É importante que todas as mulheres conheçam seu corpo e sempre que possível, seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, façam o autoexame das mamas. Ao sinal de qualquer descoberta casual de pequenas alterações mamárias durante o toque, procure o mastologista”, informa o médico.
O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve em consequência de alterações em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Se diagnosticado no início as chances de cura chegam a 95%.
A aposentada Inês Santos, de 65 anos, moradora do bairro Piranga afirma que todo ano faz a mamografia. “É muito importante cuidar da nossa saúde. Tenho casos da doença na família e já fico atenta e com meus exames em dia”, disse.
Em Juazeiro, as ações de prevenção e detecção da doença são realizadas através de exames clínicos, cirurgias, mamografias e tratamento. Tudo custeado pelo SUS, em parceria com o Instituto de Prevenção Ivete Sangalo. As mulheres a partir dos 40 anos devem procurar as Unidades de Saúde da Família do bairro para solicitar a realização da mamografia.
O tratamento depende do tipo do tumor e da fase em que foi feito o diagnóstico. “Pode incluir a quimioterapia ou a radioterapia. Mas é importante ressaltar que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menos agressiva será a cirurgia. E muitas vezes a mama não precisa ser retirada”, explica o mastologista, Carlos Gustavo.
Entre alguns dos cuidados, o mastologista orienta para que os exames sejam realizados com periodicidade e sempre que possível fazer o autoexame. “Ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e controlar o peso, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e o consumo de carne vermelha; amamentar é outra dica de prevenção e fazer exames clínicos da mama até os 40 anos e mamografia anualmente a partir desta idade”, alerta Carlos Gustavo.