A infestação da mosca das frutas nas plantações de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, tem preocupado a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). A larva é perigosa, porque pode destruir plantações. Para conter a infestação, mais de mil armadilhas foram instaladas e o estado de Pernambuco já possui um Plano Emergencial de combate à praga.
De acordo com a fiscal agropecuária estadual, Maria Lisiê Santana, as armadilhas estão instaladas nos perímetros Senador Nilo coelho, Maria Teresa e Bebedouro.“Estamos fazendo o monitoramento em área ampla. São mais de mil armadilhas instaladas com o objetivo de monitorar e identificar a frutação populacional. E para tomar as decisões com relação aos controles que devem ser feitos”, destaca.
Apesar das ações de controle, o índice nos perímetros irrigados de Petrolina chegou a atingir uma média de 12 no mês de janeiro de 2015. Ao longo dos meses seguintes, o número vem caindo e está em torno de seis. Contudo, o tolerável para exportação é no máximo, o índice um.
O coordenador do Programa Mosca da Fruta pela Adagro em Petrolina, Edi Almeida, explica que para conter a infestação, é preciso evitar que os frutos apodreçam no solo. “A partir do momento que ele não deixa o fruto ter contato com o solo, a praga não completa o ciclo. Então, quando ele retira o fruto da área, ele vai retirar todas aquelas potenciais moscas adultas que podem estar completando o ciclo futuramente”.
A expectativa é que até o mês de setembro, o período de safra da uva e da manga, o nível de infestação esteja bem mais controlado. “Por mais que um produtor faça um tratamento no local, ele pode sofrer uma reinfestação nos vizinhos. Então, é importante que todos façam esse controle”, garante Almeida.
Uma fazenda chegou a perder mais de 10% da produção por causa da praga. Por isso foi preciso instalar várias armadilhas de captura para não evitar os prejuízos. “Hoje a gente está com 22 armadilhas, captura as fêmeas e o caminho certo é esse”, argumenta encarregado de campo, Adalmir José da Cruz.
Segundo a Adagro, uma outra alternativa de controle que será usada na região é a química. “O Plano Emergencial do Estado de Pernambuco de combate à praga prevê também a doação de produtos registrados no Ministério da Agricultura para os pequenos produtores de acerola, goiaba, manga e uva. Já estamos com parte do produto adquirido e estamos definindo uma estratégia de distribuição a partir do mês de maio. Para que a gente consiga fazer uma a ação de impacto”, explica a fiscal Maria Lisiê. (G1).