Em audiência realizada nesta terça-feira (25), na Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) chamou a atenção para a necessidade de serem tomadas ações com maiores resultados na diminuição dos gases do efeito estufa no Brasil.
Ao questionar o professor Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, IES-Brasil, Implicações Econômicas e Sociais: Cenários de Mitigação de Gases do Efeito Estufa (GEE 2030), sobre como anda a construção da proposta brasileira para a Conferência das Partes da Convenção, da Organização das Nações Unidas, COP – 21, o parlamentar cobrou um maior protagonismo do Brasil no encontro.
Fernando Bezerra defendeu a importância de “investir mais em determinadas áreas do setor da energia e no setor industrial, especialmente na ampliação da utilização da energia solar no país, que oferece anualmente mais de 2.500 horas de sol, sobretudo no Nordeste brasileiro”.
Com base nos resultados apresentados pelo IES-Brasil, o professor Pinguelli concluiu que é possível uma política brasileira de redução dos gases do efeito estufa do país, com desenvolvimento e geração de emprego.
O pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também apresentador do Fórum, William Wills, afirmou que os dados apontam que o país, em 2020, deve cumprir o compromisso assumido em Copenhagen, emitindo 1,3 bilhão de tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente), abaixo da meta de 2 bilhões, principalmente devido ao controle do desmatamento.
O senador Fernando Bezerra citou também a aprovação no Senado Federal, neste mês de julho, do projeto que institui a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, e a criação da Comissão Nacional de Combate à Desertificação, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, como ações que deverão se somar à apresentação de melhores índices na COP-21, que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro deste ano, em Paris.