A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, em Cabrobó (PE), que o projeto de integração do Rio São Francisco vai beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A obra gerou 9.980 empregos nos dois eixos e mais de três mil equipamentos estão em operação. O projeto é composto por 477 quilômetros de extensão, organizados em dois eixos de transferência de água: Norte, com 260 quilômetros, e Leste, com 217 quilômetros. A previsão do final das obras é entre dezembro de 2016 e início de 2017.
As afirmações de Dilma foram feitas durante cerimônia em que inaugurou a primeira Estação de Bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). A estrutura levará a água por 45,9 quilômetros até o reservatório de Terra Nova, localizado em Cabrobó (PE). Com isso, o PISF chega a 77,8% das obras concluídas. O investimento nesse trecho é de R$ 625 milhões.
Mais cedo, Dilma disse em entrevista a rádios pernambucanas que concluirá as obras de integração do Rio São Francisco até dezembro do ano que vem e que o empreendimento garantirá o abastecimento de água com segurança na região, já que prevê a construção de reservatórios para armazenamento.
Investimento
A presidente Dilma afirmou que o governo federal vai investir R$ 2,5 bilhões na revitalização do Rio São Francisco. Segundo ela, desse montante, R$ 1,7 bilhão já foi investido em obras como conservação de nascentes, tratamento de esgoto e combate a processos erosivos. “O Rio São Francisco tem de ter vida”, disse. “Quero deixar explicitado esse compromisso com a preservação do Rio São Francisco”, afirmou.
A presidente destacou que as obras na região tornarão possível a convivência com a seca. “Impedir a seca nós não podemos. Só Deus pode impedir que tenha ou não tenha chuva. O que nós podemos fazer e fizemos é armazenar água, trazer água de um lugar e colocar em outro”, disse. “Nosso objetivo é ser capaz de conviver com a seca quando ela vier e manter praticamente a vida normal.”
Dilma disse que a obra faz parte de um projeto de governo que quer reequilibrar um país e diminuir a desigualdade. “Nos esforçamos para desenvolver o Nordeste e Norte do País, tradicionalmente regiões que não eram olhadas, a que não se destinava recursos.” (DP).