Em parceria com o Centro Nordestino de Medicina Popular (CNMP/ Recife -PE), o campus Ouricuri do IF Sertão – PE vai realizar, entre os dias 27 e 30 de novembro, a segunda edição da Semana de Humanidades da unidade escolar. Neste ano, o tema da semana é “Juventudes sertanejas e suas metamorfoses contemporâneas”.
A segunda edição da Semana de Humanidades do campus Ouricuri terá oficinas, caminhada, exposições, minicursos, mesas redondas, palestras, apresentações musicais, teatrais e poéticas. O evento é gratuito e aberto ao público. As inscrições devem ser feitas no site IF Eventos (https://ifeventos.ifsertao-pe.edu.br/public/event/56) até o dia 25 de novembro.
Nesta segunda edição, as atividades ocorrerão nas dependências do campus Ouricuri e do anexo da Instituição/ Universidade de Pernambuco (UPE), no Centro de Esportes Unificados (Ouricuri), na comunidade Teiú (Ouricuri) e na Fazenda Floresta (Parnamirim).
O professor das disciplinas de Sociologia da unidade escolar e presidente da comissão organizadora da segunda edição da Semana de Humanidades, Juliano Varela, falou sobre a importância do evento. “A Semana de Humanidades descortina uma demanda que há muito estava reprimida na instituição: debater, de maneira mais ampla e sistemática, questões relacionadas às violências e às opressões que determinados grupos sociais enfrentam cotidianamente no Brasil. Quando se atrela isso ao atual cenário de ultraconservadorismos e fundamentalismos que o país vivencia na contemporaneidade, e a escola não escapa dos ataques dessas manifestações, percebe-se a urgência em trazer à tona tais questões”, disse o docente.
Ele também contou os motivos para a escolha do tema “Juventudes sertanejas e suas metamorfoses contemporâneas”. “A escolha em se abordar as questões das/dos jovens não se deve somente ao fato destas/es serem o principal público atendido pela Instituição, mas, sobretudo, por ser uma das parcelas da população brasileira mais impactadas pelos efeitos da desigualdade social, do medo, da violência e da onda ultraconservadora que invadiu o país. E não somente isso, a sala de aula, a pesquisa e a observância aos movimentos sociais existentes na região têm mostrado a professoras/es temas urgentes que dizem diretamente respeito à vida das/os jovens, como: a luta pela formação profissional, a relação friccional entre juventude rural e juventude urbana, a convivência com o semiárido, a ausência de políticas públicas específicas, a incompreensão do que seja uma educação para o campo, a precariedade dos espaços públicos urbanos de convivência, a luta pela vida nas periferias das cidades sertanejas, o preconceito à juventude LGBTI, o feminicídio e a cultura do estupro, o racismo que a juventude negra vivencia, a luta que a juventude indígena trava todos os dias ao longo de séculos para garantir seu território, dentre tantos outros”, declarou o professor Juliano Varela.
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