Alvo de uma operação policial, nesta sexta (25), a quadrilha que falsificou carteiras de estudante no Grande Recife chegou a produzir até 100 documentos ilegais por dia.
A e estimativa da polícia é de que a organização criminosa tenha faturado até R$ 300 mil a cada mês.
As informações foram repassadas pelo delegado Carlos Couto, ao fazer um balanço da Operação Half Pass, que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, em três cidades pernambucanas.
A organização criminosa usava um site “pirata” para receber os pedidos e expedir as carteiras falsas, segundo as investigações.
Em entrevista coletiva, o policial disse que a ação desta sexta é um desdobramento de uma investigação que começou em agosto deste ano e, em setembro, prendeu cinco pessoas.
“Hoje, ligamos essas pessoas presas ao múleo financeiro da quadrilha. São documentos recolhidos que vão robustecer as investigações”, afirmou.
Como começou
Couto disse que, no fim de agosto, um home foi até a Delegacia de Camaragibe para fazer uma denúncia.
Ele tentou comprar um ingresso, com meia entrada, para um show em São Paulo e não conseguiu.
Ele descobriu, então, que tinha uma carteira com o número inválido.
Um mês depois, a esposa dele teve o mesmo problema e fez uma denúncia igual: o documento aparecia como inválido.
Em setembro, foram flagrados estudantes com documentos irregulares.
O que fazer
Ainda conforme o delegado, as pessoas devem checar os detalhes da operação.
Saber para qual QR Code estão enviando dinheiro na hora de pagar a carteira de estudante.
“Com relação aos prejudicados, ainda vai ser definido o que será feito. De todas as 60 carteiras recolhidas na investigação, ficou comprovado que todos eram de estudantes realmente matriculados. Eram pessoas de boa-fé”, disse.
Para o delegado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) é a maior prejudicada até agora.
“O dinheiro pago pelos estudantes, que era para a UNE, ficou com a quadrilha”, acrescentou.
Operação
A Operação Half Pass foi comandada pela 9ª Delegacia Seccional da Policia Civil.
Segundo a Polícia, os criminosos falsificaram Carteiras estudantis e criaram um falso site de “meia entrada”.
As vítimas, muitas vezes estudantes inocentes, não sabiam que estão portando documentos falsos.
A ação de intervenção tática foi coordenada pela da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM).
Ao todo, participaram 50 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participam das buscas que ocorrem em Recife, Olinda e Gravatá, no Agreste. (Foto: Polícia Civil).