Associação de Bares e Restaurantes critica decisão do governo de não adotar o horário de verão em 2024

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O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o Horário de Verão não será adotado em 2024. A decisão, anunciada em coletiva de imprensa, contraria as expectativas da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que defendia a retomada da medida.

A Abrasel argumenta que a decisão ignora os benefícios econômicos, sociais e ambientais do Horário de Verão, especialmente em um contexto de tarifas de energia elevadas e pressão sobre o sistema elétrico. O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, questiona a posição do governo, destacando a economia de energia de 2,9% apontada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

“Surpreende-nos que, num cenário em que cada economia é importante para o consumidor brasileiro, o ministro considere irrelevante essa economia de energia”, afirma Solmucci. “As tarifas estão cada vez mais caras, e sempre existe algum risco no fornecimento”.

Além da economia de energia, a Abrasel ressalta os impactos positivos no setor de bares e restaurantes, comércio e turismo, com o aumento das horas de luz natural. Solmucci lamenta a mudança de posição do ministro, que anteriormente havia reconhecido os benefícios da medida.

A associação critica ainda a dependência das condições climáticas para a tomada de decisão sobre o Horário de Verão, defendendo a adoção da prática como política pública, a exemplo de países da Europa, América do Norte e América do Sul.

Segundo a Abrasel, o Horário de Verão poderia gerar um aumento significativo no faturamento do setor, com estimativas de crescimento de até 50% no movimento entre 18h e 21h, resultando em um aumento de 10 a 15% no faturamento mensal dos estabelecimentos. (Créditos: Shutterstock).