A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) divulgou, nesta terça-feira (31), detalhes da Operação Enem 2023, que diz respeito à segurança nas duas fases do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecem nos dois primeiros domingos de novembro (5 e 12).
Quem faltar e conseguir justificar a ausência nessas datas vai ter a possibilidade de fazer as provas em 12 e 13 de dezembro, data que também vai ser disponibilizada para que pessoas privadas de liberdade participem do concurso.
O plano de segurança é fruto do convênio entre a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), para, através da PMPE, garantir a preservação da ordem pública e a segurança do exame que insere os alunos de todo o País no ensino superior.
De acordo com o major Daniel Augusto, que é o coordenador estadual de Segurança do Enem, os agentes da PMPE farão a segurança dos locais de prova desde às 5h.
O expediente se estende até que o último cartão seja entregue, nas salas de aplicação, ao final do exame.
Para evitar qualquer tipo de imprevisto, policiais descaracterizados farão parte do trabalho de inteligência da corporação. Augusto garante que pelo menos uma dupla estará presente em cada local de prova. O policiamento será feito a pé e motorizado.
“Eles vão captar qualquer atitude suspeita de pessoas que queiram tomar alguma atitude negativa. Percebendo isso, eles vão acionar o policiamento ostensivo que, de pronto, fará a devida intervenção”, detalha ele.
“No dia, nós vamos fazer as escoltas das provas, que vão sair dos centros de distribuição para as escolas. As operações só se encerram depois que o último aluno entregar o cartão-resposta. Esses gabaritos serão armazenados e levados para o local de correção das provas”, acrescentou.
Neste ano, 132 escoltas devem ser feitas para transportar as provas aos devidos locais, de maneira segura, para que não haja violação do conteúdo, do início ao fim do exame.
O Estado conta com 573 locais de aplicação localizados nos 83 municípios pernambucanos e no Arquipélago de Fernando de Noronha. O número é 17% menor que em 2022. Cerca de 3.961 policiais devem atuar na operação, sendo 6% a menos que o do ano passado, que teve 4.188 policiais envolvidos. O major explica as reduções.
“A baixa na quantidade de agentes este ano pode ser dada por causa da maior quantidade de alunos por sala, devido ao desaparecimento das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, que, até o ano passado, ainda eram necessárias para conter o avanço da pandemia. De uma cadeira para outra, era preciso ter o espaçamento de um metro e meio, no momento da aplicação. Hoje não é mais preciso”, complementou.
Os aplicadores de prova que detectarem alguma fraude durante a realização do exame poderão acionar um agente da Polícia Militar, que vai conduzir a ocorrência para o local devido, a depender do tipo de violação.
Ainda durante a entrevista, o major Daniel complementou que os agentes estão responsáveis por manter a tranquilidade nos arredores dos locais de aplicação, de maneira a evitar desconfortos como som alto e perturbações que venham atrapalhar os alunos.
“Previamente, existe a orientação para que as guarnições dos locais façam esse monitoramento e solicitem, numa primeira instância, para que o som seja desligado ou que o volume seja diminuído, em virtude de dar concentração necessária para que o estudante tenha uma boa prova”, concluiu.
Nos dois dias do Enem, os portões abrem ao meio-dia e fecham às 13h. As provas começam às 13h30 e terminam às 19h, no primeiro dia; e às 18h30, no segundo dia. O candidato só poderá sair com o caderno de questões nos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova.