A ex-diarista Josefa da Conceição dos Santos contou à imprensa, antes de entrar no Fórum de Camaragibe, o cenário que encontrou um dia após o assassinato do médico Denirson Paes, em Camaragibe, no ano de 2018. Ela trabalhou para a família durante cinco anos e informou que, um dia após o crime, em 1 de junho daquele ano, Danilo Paes e a mãe, Jussara Rodrigues, se queixavam de dores na coluna.
Josefa é uma das partes da acusação e será ouvida nesta terça-feira (24), no júri popular de Danilo Paes, de 28 anos, que acontece no Fórum de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.
No dia fatídico, Josefa havia recebido folga extra de Jussara e não questionou porque tinha horas de descanso pendentes.
“Eu perguntei o que ela [Jussara] havia feito. Ela respondeu que limpou a casa e colocou veneno de rato. Eu disse a ela que ia fazer aquilo. Quando deu duas horas [da tarde], Jussara saiu. Danilo estava no quarto chorando muito e tomando remédio para dormir”, explicou Josefa.
Após a cena, segundo a ex-diarista, Danilo perguntava pela mãe com frequência e a então diarista da casa da família só respondia que Jussara havia saído. “Ele era um menino bom e fez isso por causa dela”, assegurou.
Durante entrevista, Josefa revelou que presenciava conflitos entre o casal Denirson e Jussara por diversos motivos, até mesmo por alimentação.
“Ela cobrava comida e dizia que ele era rico. Tinha [condições], mas não queria dar [dinheiro]. Eu dizia que ele ia dar”, complementa.
“Jussara não gostava de conversar. Só exigia. Ela era terrível”, concluiu Josefa, falando sobre a ex-patroa.