“Nenhuma hipótese será descartada”, diz Polícia Civil de Pernambuco sobre investigações de assassinato de juiz

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Polícia Civil de Pernambuco revelou, por meio de coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20), que não descarta nenhuma hipótese nas investigações do assassinato do Juiz de Direito da 21ª Vara Cível da Comarca do Recife Paulo Torres Pereira da Silva, morto na noite dessa quinta-feira (19), em Jaboatão dos Guararapes. Segundo a corporação, até o momento, não há confirmação de prisão de suspeitos, mas as investigações seguem.

De acordo com a Polícia Civil, Paulo Torres tinha o costume de ir de sua casa, em Candeias – bairro onde ocorreu o crime – até o Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, para caminhar. A suspeita, no momento, é de que ele estava voltando de uma dessas caminhadas, já que ele foi encontrado sem vida a 300 metros de sua residência, onde morava com a esposa e filhos. 

“Logo quando chegamos ao local, verificamos que havia uma carro que colidiu com um muro e identificamos que havia um homem morto ali, apenas com uma marca de disparo, que foi um tiro na cabeça. Nós providenciamos o isolamento do local, acionamos a perícia e procuramos câmeras de vigilância nos arredores”, começou a delegada do DHPP Euricélia Nogueira, que estava de plantão no momento do crime.

“Segundo familiares, ele costumava ir até o bairro do Paiva para caminhar no início da noite. Então, ou ele estava indo a caminho de lá ou voltando quando foi abordado pelos criminosos. O veículo dele não era blindado e ele costumava se locomover com janelas e vidros abertos”, completou a delegada.

O juiz não carregava documentos quando foi encontrado, mas, segundo a família, ele costumava utilizar a versão digital de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O homem foi abordado por quatro indivíduos que, segundo relatos ouvidos pela corporação, teriam coberto os rostos com máscaras cirúrgicas para não serem identificados pelas câmeras de segurança da área.

“No local, várias pessoas chegam para falar diversas versões. Chegamos a ouvir que os criminosos estavam de máscaras cirúrgicas quando abordaram a vítima, mas isso ainda não foi confirmado. O ponto possui diversos sistemas de monitoramento, com várias câmeras de segurança. Ainda não sabemos a dinâmica completa do momento do crime porque as investigações ainda estão muito recentes. Mas todas as imagens do local estão sendo coletadas para análise”, continuou.

Não foram encontrados vestígios no local do crime. Apenas o Instituto Médico Legal (IML), após realização de perícia com o corpo da vítima, poderá identificar e confirmar o tipo de armamento utilizado.  

As investigações agora estão sob jurisdição do delegado da 22ª DHPP de Piedade, Roberto Ferreira. Como o crime aconteceu há menos de 24 horas, ainda não houve tempo para analisar todas as evidências segundo a polícia. A corporação avisou que mais informações devem ser repassadas em breve. 

“Após a coleta de todos os materiais do local do crime e das câmeras de segurança e perícias, nós daremos continuidade às investigações, com convocação de testemunhas e todas as outras jurisdições. Nenhuma hipótese será descartada, e todas as análises serão levadas em consideração durante as investigações. Ainda não podemos confirmar nada sobre a motivação do crime ou sobre a dinâmica de forma integral. Isso também será analisado com mais cuidado nos próximos dias”, explicou Roberto Ferreira.