Compesa é ”imprivatizável”, diz novo presidente da empresa

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”A Compesa é Imprivatizável”. A frase de efeito é do novo presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento, Alex Machado Campos.

Ele chegou com a bandeira de defender uma melhor distribuição de água em Pernambuco, além de aumento de investimentos no setor.

O gestor, que assumiu o cargo há cerca de 40 dias, visitou, nesta quinta-feira (19), a redação do Diario de Pernambuco, na área central do Recife.

Apresentou um panorama da infraestrutura de abastecimento e de esgotamento sanitário, segmentos que prometem chegar mais próximos da população.

A negativa ao tema da privatização da concessionária pública, perspectiva abordada há bastante tempo, é o ponto de partida das observações feitas por Campos.

Ele se debruça sobre a expertise adquirida pelo órgão, ao longo de mais de cinco décadas, atuando na produção, tratamento e toda condução até chegar às torneiras dos cidadãos.

“É uma possibilidade que não existe, até pelo fato de ser extremamente inviável. O custo é extremamente alto”, complementa o gestor, detalhando gastos de R$ 30 milhões em energia e mais R$ 14 milhões em produtos químicos utilizados.

A missão destinada a ele integra um dos polos estratégicos do governo Raquel Lyra (PSDB), que busca lançar mais obras e fortalecer eixos estruturais neste setor.

Pernambucano, mas com carreira construída em Brasília, o advogado Alex Campos assumiu a cadeira principal da Compesa após passagem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com participação, inclusive, nas tratativas para aprovação e disseminação das vacinas, durante a pandemia da Covid-19.

Petrolina

“Petrolina, no Sertão do estado, conta com três estações de tratamento de água, totalizando 17 unidades operacionais e uma rede de distribuição com 900 mil metros de extensão. Não haverá rodízio. Vamos concentrar esforços para melhorar o serviço em bairros como Henrique Leite, Novo Tempo, Pedra Linda, João de Deus e Univasf. As ações emergenciais serão iniciadas a partir da próxima semana. Com o surgimento de condomínios e loteamentos, aumenta a demanda por água, sendo muitos desses empreendimentos construídos sem qualquer estudo populacional”. (Diário PE)