Está se aproximando a maior ação política de mulheres da América Latina, com protagonismo das mulheres do campo, da floresta e das águas: A Marcha das Margaridas. Por isso, na quarta-feira (12), parte da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina visitou o prefeito Simão Durando para pedir apoio logístico nessa mobilização, que contará com a participação das representações rurais do município.
O encontro com o prefeito contou com a presença da presidente do STTAR Petrolina, Maria Joelma, da vice Adelina Mariana e da diretora da Organização Sindical do STTAR, Simone Paim. Também estavam no gabinete do gestor integrantes da Associação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Petrolina-PE (ASTRAF), Isabel Ribeiro da Luz, diretora da Terceira Idade; Maria de Lourdes de Menezes, diretora da Mulher e Aldeneuza Amorim, diretora de Políticas Públicas.
“Mais uma vez estamos contando com a sensibilidade do prefeito Simão Durando para continuarmos em busca de melhorias para todas as trabalhadoras e trabalhadores rurais. De pronto, o gestor garantiu que vai auxiliar, no que for possível, pra dar esse apoio para o grupo que sairá de Petrolina rumo à Marcha”, assegurou a presidente do STTAR, Maria Joelma.
A 20ª edição da Marcha será nos dias 15 e 16 de agosto e promete reunir mais de 100 mil mulheres, que seguirão até a Esplanada dos Ministérios para levar um documento, contendo as principais reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores rurais.
Sobre a Marcha
Coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e 16 organizações parceiras, a Marcha é promovida a cada quatro anos. Nesta edição o lema é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.
A Marcha tem como força inspiradora a luta de Margarida Maria Alves, uma mulher trabalhadora rural nordestina e líder sindical, que rompendo com padrões tradicionais de gênero ocupou, por 12 anos, a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.
Por lutar pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, por igualdade e por defender direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais, Margarida Alves foi cruelmente assassinada na porta da sua casa, no dia 12 de agosto de 1983.