O Partido Socialista Brasileiro (PSB-PE), publicou uma nota pública sobre decreto assinado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) e publicado, na segunda-feira (2), no Diário Oficial do Estado, que trata da exoneração de servidores em cargo comissionado, dispensa dos que exercem funções gratificadas na estrutura estadual, além de requisitar cedidos e revogar licenças e suspender o trabalho remoto.
No posicionamento do partido, que até poucos dias governava Pernambuco, estão diversas críticas como a afirmação de que faltou diálogo e humildade para lidar com um tema tão relevante.
Confira a nota do PSB-PE:
“A governadora Raquel Lyra começou a rever nesta quarta-feira, 4 de janeiro, o decreto que exonerou, sem qualquer critério, servidores ocupantes de cargos comissionados e funções gratificadas e que determinou a convocação para que servidores cedidos retornem aos seus cargos de origem.
Não poderia ser diferente e acreditamos ser apenas o começo, tendo em vista que somente o desconhecimento do funcionamento da máquina pública justifica atitude tão intempestiva.
Negando a necessidade de uma transição profissional, só anunciando sua equipe no penúltimo dia do ano, a governadora queimou uma etapa fundamental de troca de informações entre antecessores e sucessores que poderia ter evitado erros graves, como o do decreto em revisão.
Faltou diálogo e humildade para lidar com um tema tão relevante. A continuidade administrativa do Estado não pode estar condicionada a rompantes dos gestores de plantão.
Setores inteiros da administração pública são tocados por servidores cedidos e/ou comissionados, estando agora paralisados por causa do ato governamental.
No final, o prejuízo recai sobre a população, e a justificativa de eficiência deixa transparecer que, na verdade, tratou-se apenas de autoritarismo.
Se a tão propalada “mudança“ será demonstrada através de atos dessa natureza, Pernambuco corre o risco de retroceder ao invés de avançar, como todos nós desejamos.
O PSB se solidariza com os servidores atingidos e, sobretudo, com a população, razão da existência do serviço público.”