Covid-19 foi principal causa de morte no Brasil durante o segundo ano da pandemia, diz IBGE

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Em 2021, segundo ano da pandemia de Covid-19, as doenças infecciosas e parasitárias, categoria que inclui a infecção causada pelo novo coronavírus, foram a principal causa de óbito no país, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre 2010 e 2019, as doenças cardiovasculares eram a principal causa de morte no país. Os dados fazem parte do relatório “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgado pelo instituto nesta sexta-feira.

De acordo com o novo documento do IBGE, em 2019, as doenças do aparelho circulatório corresponderam a 27% das mortes, as neoplasias a 17,4% e as doenças infecciosas e parasitárias apenas 4,2% do total. Já no primeiro ano da pandemia de Covid-19, em 2020, as doenças infecciosas e parasitárias se tornaram o segundo grupo de causas mais importantes.

Por sua vez, em 2021, elas corresponderam a 26,6%, em seguida, apareceram as doenças do aparelho circulatório 20,6% e os tumores, com 12,8% e 26,6%.

A pandemia contribuiu para o crescimento da taxa de mortalidade de forma geral no país. Entre os dois anos, esse índice aumentou 46,1%, passando de 5,8 para 8,5 para cada mil habitantes. Para efeito de comparação, entre 2010 e 2019, a taxa de mortalidade no país se apresentou estável.

Tanto o número de óbitos quanto a taxa de mortalidade aumentaram em 2020 e em 2021 para pessoas a partir dos 20 anos de idade, comportamento diferente do observado entre 2010 e 2019. Entre as regiões do país, houve crescimento dos óbitos em 2020, em comparação com o ano anterior, nas cinco regiões, que variam de 7,6% no Sul e 27,2% no Norte . Já em 2021, Norte e Nordeste apresentaram desaceleração desse crescimento, enquanto Sul, Sudeste e Centro-Oeste, aceleração.

O IBGE credita esse último cenário a uma conjunção de fatores, incluindo aparecimento de novas variantes do coronavírus; o contexto social, econômico e político para o enfrentamento da pandemia; precária articulação nacional com governos regionais e locais nas ações de enfrentamento da doença; desigualdades regionais e locais na disponibilidade de recursos físicos e humanos para a saúde; e aos impactos positivos da vacinação. (Agência O Globo)