A Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União – CGU, no Amapá, deflagraram nesta quinta-feira (1º) a Operação Candidus II, que apura indícios da existência de organização criminosa destinada a fraudar contratos de manutenção rodoviária da BR-156, considerada a obra federal mais antiga em andamento no Brasil.
As investigações feitas a partir da análise dos contratos, verificou a ocorrência de superfaturamento nas obras no valor de R$ 6.179.116,97 , em prejuízo ao erário. A apuração indica, ainda, um sofisticado esquema de esquentamento de madeiras extraídas ilegalmente de áreas preservadas e destinadas a obras contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes – DNIT no Amapá, com o possível pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos que integravam o esquema fraudulento das obras, que chegavam a declarar insumos em valores até 15x maiores que os praticados no mercado.
Mais de 90 policiais federais cumpriram 22 mandados de busca e apreensão nos Estados do Amapá (Macapá, Santana e Pedra Branca do Amapari), Pará (Goianésia do Pará, Santarém), Distrito Federal (Brasília), Rio de Janeiro (Macuco), Sergipe (Aracaju), Pernambuco (Recife e São Lourenço da Mata) e Paraíba (Cabedelo). Os alvos investigados objeto das medidas são empresários e servidores públicos do DNIT/AP.
Em Pernambuco dentro da Operação Cândidus II foi dado cumprimento a dois mandados de busca e apreensão sendo um no endereço residencial de um engenheiro de 40 anos, natural e residente em São Lourenço da Mata (PE) e um no endereço comercial de uma engenharia que fica situada no Bairro da Ilha do Leite-Recife. As buscas visam apreender Tablets, computadores, notebooks, pendrives, aparelhos celulares, dinheiro e documentos relacionados com as obras de asfaltamento da BR 156 que liga Macapá ao município de Oiapoque (AP).