O arcebispo da Igreja Episcopal Carismática do Brasil, Paulo Garcia, utilizou o púlpito durante o culto de domingo (22), para se posicionar contra o que ele chama de “escalada de autoritarismo nunca vista” e também aproveitou para conclamar a igreja a tomar um posicionamento em defesa da fé cristã.
O líder religioso afirmou que não quer ser omisso às tomadas de decisões dos poderes, e alertou que parece que não há mais segurança jurídica no país e que direitos individuais estão sendo suprimidos. “Quem emitir opinião diferente de um sistema composto por pessoas que não foram eleitas para nos governar, está sujeito a perseguição e prisão”, desabafou.
Dom Paulo Garcia também afirmou que além de jornalistas independentes, escolas e lideranças religiosas estão sendo impedidas de manifestar com liberdade suas opiniões. “Recentemente um Colégio em Aldeia – Camaragibe, Pernambuco – foi ridicularizado pela mídia por se posicionar a favor dos valores cristãos. Há poucos dias o Pastor Jorge Linhares, em Belo Horizonte, foi convocado a se apresentar perante uma autoridade para se explicar porque afirmou que só existe o sexo masculino e feminino”, disse.
O arcebispo finalizou o discurso reforçando que se as coisas continuarem como estão, em breve a igreja pode ser impedida de falar de Jesus e proclamar as Boas Novas do Evangelho . “Se não falarmos, muito em breve seremos proibidos de declarar a nossa fé, até mesmo nas igrejas”, concluiu.