A dona de casa Maria Aparecida da Silva denuncia a prefeitura de Sobradinho (BA), e afirma que a gestão não providencia a medicação de uso contínuo para sua filha de apenas 7 anos de idade, diagnosticada com tumor no pâncreas.
O relatório médico disponibilizado pelo Complexo Hospitalar Professor Edgar Santos, em Salvador-BA, onde a criança esteve internada, diz que Izabela Sabrina da Silva precisa manter o uso diário da Octreotide, em domicílio, e que a ausência do remédio poderia ocasionar em risco de vida. De acordo com a mãe, apesar desta alarmante exigência médica datada em abril de 2020, a prefeitura de Sobradinho, onde a família mora, não providenciou o remédio até agora.
“Minha filha está correndo risco de vida, ela não pode está esperando muito tempo pela mediação, todo dia a prefeitura tem uma história diferente. Nunca tem uma resposta certa, correta, todo dia é uma história diferente”, assegurou.
Maria aparecida afirma que a Secretaria de Saúde dá a versão de que teria comprado a medicação, mas, por falta de transporte por causa da pandemia, precisou cancelar a compra. Como alternativa, a administração municipal teria orientado a mãe a fazer o tratamento da criança em Salvador, entretanto, Maria Aparecida descarta essa possibilidade como opção definitiva e diz que o uso da medicação é contínuo e precisaria morar no hospital.
“Mandam eu ir para um canto, mandam eu ir para o outro e no final das contas não dá em nada. Na realidade não tem resposta”, lamentou. A mãe da criança diz que está desassistida e que na quarta-feira (27) terá que deixar seus outros dois filhos em casa para viajar com Izabela para Salvador. Ela disse que a prefeitura só dispõe da ambulância para o translado e que não repassa nenhuma ajuda de custo para a viagem. Maria lamenta a situação e diz que não sabe a data que irá retornar para Sobradinho.