Pernambuco adota placa Mercosul na próxima segunda-feira (03); confira o que muda

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A partir do dia 3 de fevereiro, as lojas de Pernambuco estão autorizadas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) a comercializarem a placa de veículos do Mercosul. O novo padrão passa a incluir um QR Code, troca o segundo número por uma letra equivalente e retira o nome da cidade e a sigla do estado de registro. A mudança não é obrigatória, mas todas as placas emitidas daqui para a frente já serão no novo padrão.

A adoção do novo modelo no estado atende a uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito, baixada em 2019. A placa Mercosul já foi implantada nos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. De acordo com o diretor geral do Detran-PE, Sebastião Marinho, o novo formato vai aumentar a quantidade de combinações possíveis para uma placa.

O atual estilo – de três letras e quatro números – iria colapsar em 2020, visto que estava esgotando a quantidade de combinações possíveis para formar o número da placa. Agora, com quatro letras e três números, as possibilidades aumentam de 150 para 450 milhões. “As novas combinações darão uma sobrevida de 20 a 30 anos para os estados trabalharem”, destaca.

Obrigatória?

Como já citado, não é obrigatório aderir à nova placa. A não ser que o dono do veículo queira ou esteja em uma dessas cinco situações: primeiro emplacamento; mudança de categoria (táxi virar carro comum, por exemplo); mudança de município ou estado; furto/roubo/extravio ou dano; e segunda placa traseira.

Sebastião do Detran deixa claro que não existirá uma “caça às bruxas”. “Quem tem placa cinza poderá continuar circulando tranquilamente e não sofrerá impacto nenhum nas fiscalizações. No sistema, o que estiver cadastrado como cinza, permanece cinza, e o que for Mercosul, fica Mercosul”, esclarece.

O preço da nova placa será definido pelas próprias lojas, mas estima-se que deve custar entre R$ 120 e R$ 150, no máximo.

Mudanças

Dentre as alterações estruturais que a placa Mercosul traz, a primeira é a mudança do segundo número para uma letra. No caso de quem já tem placa, os dígitos de 0 a 9 serão convertidos em letras – de A a J – no momento da nova emissão do objeto. Ainda, o nome da cidade e do estado de registro saem de cena, ficando apenas o nome do Brasil.
A partir de segunda (3), começa a venda de placa no novo formato. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
A partir de segunda (3), começa a venda de placa no novo formato. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP.)
O comércio das placas fica condicionado a apenas duas pessoas: fabricante e estampador. O QR Code, devidamente autorizado pelo Contran e pela Serpro (empresa de tecnologia do governo federal), deve ser gravado a laser na chapa metálica, antes de ser repassada para o estampador, que aplica as pinturas finais. “Com isso, a gente consegue ter um controle quantitativo de placas revendidas. Não tem aquela figura do atravessador ou intermediador”, exemplifica Sebastião.

“O QR Code da placa é indelével. Nossa fiscalização terá um aplicativo que irá lê-lo e identificar informações, como quem fabricou, onde a chapa ficou guardada e para qual estampador foi repassada. Vamos saber sobre o histórico daquele veículo. Isso com certeza irá diminuir o número de fraudes”, conclui o diretor geral do Detran-PE.

Também muda a questão das cores que identificam o tipo de veículo. Atualmente, a cor está presente em toda a placa. No novo modelo, apenas as letras ficarão coloridas.

Nova placa será exigida quando for:
– Primeiro emplacamento
– Mudança de categoria (ex: táxi passa a ser carro comum)
– Mudança de município ou estado
– Furto/roubo/extravio ou dano
– Segunda placa traseira
– Vontade do proprietário

Novidades
– QR Code
– Troca do segundo número por uma letra
– Retirada do nome da cidade e do estado
– Cor da categoria do veículo somente na letra, não na placa inteira

Equivalência do número com letra
0 – A / 1 – B / 2 – C / 3 – D / 4 – E / 5 – F / 6 – G / 7 – H / 8 – I / 9 – J

Cores por categoria
Como era:
Cinza: veículo comum/particular
Branco: veículos oficiais públicos
Branco com letras vermelhas: veículos de autoescola
Vermelho: táxi, ônibus e demais veículos de transporte
Azul: veículos de consulados
Verde: veículos em teste
Preta: veículos antigos, de colecionador

Como fica:
Letra preta: veículos comuns/particulares
Letra azul: veículos oficiais públicos
Letra vermelha: veículos de transporte, como táxi, ônibus e carro de aluguel, além de autoescola
Letra dourada: veículos de consulados
Letra verde: veículos em teste
Letra cinza prata: veículos antigos, de colecionador (texto: DiáriodePernambuco/ foto: tvGlobo)

1 COMENTÁRIO

  1. A informação de que “estava esgotando a quantidade de combinações possíveis para formar o número da placa” é falsa. As últimas séries usadas no país começam com RC. Isso quer dizer que até ZZZ há ao menos 60 milhões de combinações sobrando, mais uns poucos milhões que ainda restam de AAA a RCZ.
    Devo lembrar que 60 milhões é aproximadamente a estimativa de veículos rodando no país. Levaria décadas p/ venderem mais 60 milhões (e aí sim esgotarem as placas).

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