Após 8 dias de uma cirurgia de apendicite, a professora Leiliana Cavalcanti Ramos, 37 anos, relatou com exclusividade para este Blog os transtornos que enfrentou por conta de uma triagem incorreta da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada (UPAE) de Petrolina (PE).
A educadora que reside no bairro Atrás da Banca deu entrada às 15h4o do dia 30 de outubro na unidade e em seguida foi submetida a triagem. Ela conta que mesmo sentindo forte dores e com a pressão baixa, a médica informou que não era nada e a liberou. “Colocou uma pulseira azul e finalizou dizendo que não tinha atendimento, pois os médicos de plantão estavam em Salgueiro; disse que eu fosse em um posto de atendimento mais próximo”, explicou.
Leiliana solicitou, então, uma guia para a assistente social e se dirigiu até a Unidade Básica de Saúde que fica ao lado do Terminal Rodoviário de Petrolina. A médica da UBS analisou a situação da professora e repassou o caso para outro médico que apresentou o diagnóstico de inflamação no apendicite encaminhando-a com urgência para um cirurgião. Leiliana relata que às 19h30 do mesmo dia deu entrada no Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) e às 21h estava numa sala de cirurgia para realizar a operação.
“Que eles [profissionais da UPAE] possam fazer uma triagem de forma correta e que possam escutar os pacientes. Ninguém vai procurar por atendimento se não estiver realmente sentindo dor. Se eu não tivesse exigido um encaminhamento o que como eu estaria agora?”, disparou.
A professora está de repouso em casa e deve permanecer pelos próximos 22 dias. Ela está sendo medicada com pelo menos três tipos de remédios.
(foto:Imip)