Vou começar esse artigo afirmando que o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) errou ao agredir com um soco o vereador professor Gilmar Santos (PT). Gonzaga afirmou que apenas revidou, mas agressão nunca será a melhor maneira de resolver os problemas.
Professor Gilmar deve concordar comigo, nessa parte do texto, mas daqui em diante vai discordar. É da natureza dele: com os outros tudo está errado quando ele não concorda, mas ele pode usar o mesmo expediente. Quando é para o seu uso, tudo é permitido.
A quizila começou quando o vereador se recusou a cumprimentar o deputado em um evento de interesse público neste domingo (8) em Rajada: com o dedo em riste chamou Gonzaga de golpista e se recusou a cumprimentá-lo. Ele já havia feito a mesma descortesia na sua própria diplomação e do prefeito Miguel Coelho (PSB), quando usou o mesmo expediente contra os Coelhos.
Professor Gilmar não pode achar que está acima do bem e do mal. Não pode se arvorar de ser o certo, o absoluto, o correto, que só sua opinião seja válida, seja a correta e passar a desferir impropérios e ofender as pessoas de público. Quem pensa que é? O dono da verdade, Jesus Cristo redivivo? Um fundamentalismo desnecessário.
Pode até cumprimentar só quem ele desejar, mas não pode sair por aí agredindo, xingando as pessoas, principalmente em eventos públicos, de interesses populares, onde ele é apenas mais um participante, e não protagonista. Nem que fosse. Está na hora de baixar a bola.
Por Carlos Britto.