Já passam de US$ 2.7 milhões os prejuízos dos produtores de frutas de Petrolina e região com a greve dos servidores da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), que foi deflagrada na última segunda-feira (2).
A conta foi apresentada na tarde desta quarta-feira (4), pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), ao contabilizar a suspensão, por três dias, dos serviços de Permissão do Trânsito Vegetal (PTV) para, no mínimo, 1.100 toneladas de uvas que são comercializadas a um valor de US$ 2.50 o quilo.
De acordo com o gerente executivo do SPR, Flávio Diniz, com a greve dos servidores da Adagro a fruticultura também foi afetada com a suspensão do monitoramento diário da praga das moscas das frutas. “Estamos mobilizando o Governo do Estado para a solução desse impasse o mais breve possível. Nosso presidente, Jailson Lira, esteve ontem em Recife e juntamente com o presidente da FAEPE, Pio Guerra, foram ao gabinete do secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Wellington Batista, em defesa dos interesses dos produtores de Petrolina e região. Na ocasião, foi solicitado o envio de fiscais para atender na emissão dos PTVs em Petrolina”, adiantou.
Flávio Diniz disse ainda que conversou hoje por telefone com o presidente da Adagro, Paulo Roberto. “Ele adiantou que só terá uma posição sobre o impasse, nesta quinta-feira, após a assembleia dos servidores grevistas com o Governo”, conclui.
Com a greve, foram suspensos ainda os serviços de emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA); fiscalização e autorização de eventos agropecuários; fiscalização de matadouros e de outros estabelecimentos de produtos origem animal e derivados e liberação da linha de crédito para projetos agropecuários. Além de Petrolina, a regional da Adagro atende os municípios de Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco.
A principal reivindicação da categoria é quanto ao acordo de reajuste salarial feito, no ano passado, junto ao Governo do Estado.