Artigo do leitor: O QUE FAZER QUANDO A ESPERANÇA ACABA? 

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Muitos poderão dizer: “Tenha paciência que nem tudo está perdido”, outros dirão: “Fé em Deus”. Nós sabemos que paciência é virtude e que Deus está sempre conosco, mas neste momento o que podemos dizer aos nossos companheiros que a mais de quatro meses estão sofrendo com o descaso daqueles que deveriam ser o cuidador dos direitos e deveres dos cidadãos.

Nosso Perímetro Irrigado Pedra Branca nos municípios de Curaçá e Abaré na Bahia vem sofrendo há tempos com o descaso e a falta de sensibilidade dos nossos governantes tanto municipais quanto estaduais e de maior peso federal.

Nosso Perímetro Irrigado inicialmente teve uma perda de produção em virtude das fortes chuvas e dos fortes ventos que derrubaram mais de 60% das culturas implantadas, depois os funcionários da empresa que administra e controla os processos de irrigação, que estão a mais de quatro meses sem receber seus salários e os ticket alimentação e por fim de aviso prévio, trabalhando através de promessas do governo federal através de sua representante a CODEVASF, que não realiza repasse para a empresa de operação e manutenção cumprir com seus compromissos perante todos os seus colaboradores. São 48 famílias que estão a passar por necessidades. Essas necessidades são básicas como alimentações, saúde e moradia. Através destes atrasos de pagamentos muitas famílias já se encontram em estado de desespero, com energias cortadas sem poderem comprar remédios e até mesmo passando fome.

Aí pergunto novamente o que fazer quando a esperança acaba?

Várias ações por parte dos representantes dos produtores, na sensibilidade e apoio, vêm dando a todos nós, mais infelizmente sem resultados positivos.

Nossas forças estão se acabando, e quando vemos que os recursos destinados aos projetos do sistema Itaparica estão sendo usados como forma de manobra política para a sustentação de uma única pessoa em detrimento de milhares me vem à indignação dos nossos representantes que olhando para seus próprios umbigos esquecem-se de dar atenção ao próprio responsável deles estar onde estão, nós que através do voto demos uma oportunidade de nos representar.

Vamos acordar minha gente, vamos mostrar que não somos massa de manobra e sim seus verdadeiros patrões, vamos gritar, lutar e se possível “deletar essas maçãs podres do nosso pomar”, essa praga que a cada dia se alastra em nossas lavouras, vamos expurga com nosso veneno que é o nosso voto.