O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da operação Lava Jato, condenou o ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine a 11 anos de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido 3 milhões de reais em propina da Odebrecht para beneficiar a empreiteira em 2015.
Bendine está preso desde 27 de julho do ano passado, após uma das fases da Lava Jato. O ex-presidente da Petrobras tinha feito uma solicitação de pagamento de propina no valor de 17 milhões de reais para a empreiteira.
Na sentença, Moro faz críticas ao fato de Bendine ter assumido o comando da Petrobras já com a Lava Jato em curso. Essa peculiaridade, conforme a decisão, fez a pena dele ter sido aumentada.
“O condenado assumiu o cargo de presidente da Petrobras em meio a um escândalo de corrupção e com a expectativa de que solucionasse os problemas existentes. O último comportamento que dele se esperava era de corromper-se, colocando em risco mais uma vez a reputação da empresa”, afirmou o magistrado. (Jornal Extra)