A destituição do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), do comando da comissão provisória do PSB do município azedou, de vez, a permanência do socialista na sigla. Segundo o gestor, a decisão tomada pela agremiação demonstra que os seus dirigentes não desejam sua filiação nas hostes partidárias e chegou o momento de buscar um novo caminho. A única preocupação do prefeito é que a retaliação partidária não se repita na sua relação com o Governo do Estado.
De acordo com Coelho, investimentos anunciados pelo governador Paulo Câmara (PSB) em Petrolina, no início do ano, encontram-se parados. É o caso dos anúncios relacionados ao Fundo de Apoio aos Municípios (FEM) e à Segurança, que o gestor garante que não andaram. A construção de uma escola técnica em um terreno doado pela prefeitura também ainda não saiu do papel. Ele admite, contudo, que os investimentos da Compesa “estão andando”.
“Espero que essa movimentação do partido não se reflita na relação administrativa com o Governo do Estado. Esperamos que essa relação se mantenha”, defendeu o prefeito. Apesar de ainda não ter definido seu destino partidário, Miguel Coelho afirmou que vai se integrar ao projeto de oposição. “Precisamos resgatar o protagonismo e liderança que Pernambuco tem que ter, estabelecer um governo que estabeleça a relação administrativa independente de posição política”, alfinetou.
Por meio de nota, o Governo do Estado garantiu que separa a questão administrativa da partidária e que o município é um dos mais beneficiados pela gestão. O texto elenca os investimentos feitos na cidade: mais de R$ 160 milhões em obras de água e saneamento, autorização para a Compesa captar R$ 38 milhões na Caixa,obras de esgotamento sanitário e construção de duas escolas em tempo integral.