O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) abandonou neste domingo a convenção da Executiva Estadual do PSDB. Ele acusou os caciques tucanos de perseguição por conta de sua posição nacional, contrária à participação do partido no governo Temer.
Em seu discurso, durante o evento, o parlamentar surpreendeu os caciques tucanos, ao acusar os correligionários de excluir seu nome na formação da chapa única e de perseguição por sua postura anti-Governo Temer. Após as acusações, o legislador pediu a exclusão do seu nome da Executiva estadual e deixou o palanque, aos gritos de “Fora Temer” da militância presente.
“A convenção está ocorrendo e até o momento ainda não foi divulgada a composição da Executiva. Estão me excluindo da chapa e não estão respeitando a minha proporcionalidade, eu que fui o deputado federal mais votado de Pernambuco, com 138 mil votos”, afirmou Daniel.
Segundo Daniel Coelho, a perseguição ocorreu por conta de sua posição nacional, contrária à aliança do PSDB com o governo Temer. Quatro integrantes do partido ocupam cargos de ministério na gestão federal.
“Votei pela abertura de inquérito contra Temer. Dentro do PSDB, foram 23 foram a favor e 20 foi contra. Foi um erro. O PSDB devia ter se colocado ao lado do povo brasileiro. O que ocorre hoje é um veto às minhas posições nacionais, ao voto que dei contra Temer. Me posicionarei sempre no que for a favor da população. Não me peçam para fazer acordo. Lamento até este momento não estar divulgada a chapa, lamento”, criticou.
Durante o discurso, Daniel foi interrompido várias vezes aos brados de “Fora, Temer!”, por parte da militância. Ao final, Daniel pediu a exclusão de seu nome da Executiva estadual do partido. “Me excluam da executiva estadual. Militarei dentro do partido, continuarei na Executiva nacional, mas não quero participar de um acordo desta maneira como está colocada”.
Elias Gomes
Na ocasião, o partido também lançou a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, ao governo de Pernambuco. “O PSDB vai liderar um debate e discussões de ideias. A nossa pré-candidatura é um instrumento do partido para debatermos as questões programáticas como também envolver o conjunto das forças sociais nesta discussão”, defendeu Gomes. (Blog da Folha).