Amigo de jovem que caiu da ponte conta detalhes do episódio e diz que bombeiros perguntaram se ele ‘usava drogas’

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O amigo da adolescente Luana de Oliveira Ferreira, que caiu da ponte Presidente Dutra na última quarta-feira, (29), e foi resgatada por pescadores, após ficar quatro horas dentro da água, conta com detalhes em entrevista ao Blog, como tudo aconteceu, durante o período em que a adolescente ficou desaparecida.

Richard Brandão Menezes, de 14 anos ainda muito abalado, diz que não esquece a cena de sua colega caindo da estrutura da ponte.

“Eu ainda vi a cena dela caindo na água, me desesperei, chamei o nome dela, ela gritou e depois parou, não falava mais nada, foi quando encontrei um rapaz passando na ponte, falei que minha amiga pulou sem querer, estávamos fazendo caminhada e essa pessoa chamou uma viatura da polícia que estava passando na hora, relatei tudo e eles acionaram os bombeiros”, explica.

Quando a equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local, Richard conta que foi interrogado pelos homens, que questionaram se o mesmo usava drogas ou tomava remédio controlado.

“Quando os bombeiros chegaram, mostrei o local onde ela tinha caído, eles colocaram uma lanterna para iluminar e depois perguntaram se eu usava drogas ou tomava algum tipo de remédio controlado, se eu tinha depressão, alucinações, depois pediram o meu nome, o nome dela e disseram que não podiam fazer mais nada, que os mergulhadores só realizavam as buscas no outro dia. Eles foram embora e em seguida fui com a polícia para avisar do caso à família”, detalha.

Assim que chegou, por recomendação da polícia, o amigo de Luana ficou dentro da viatura, por questão de segurança. O mesmo temia que alguém o colocasse em situação de culpa pelo ocorrido.

“Depois fui para a delegacia e dei três depoimentos, repetindo a mesma coisa sobre o que aconteceu. Lá tinha um espaço que mostrava câmeras de toda a Orla, mas elas não flagraram o que aconteceu pela distância, tinha outra que estava em manutenção, depois fui novamente ao local da queda com a pessoa que pegou o meu depoimento, que não sabia que o lugar onde Luana caiu era aberto”, disse.

“Acho que o Corpo de Bombeiros foi negligente, porque disseram que não podiam fazer nada, era obrigatório descer e realizar as buscas, isso foi um erro, pelo que aprendi que a procura por uma pessoa desaparecida deveria ser encerrada depois de 48 horas, mas nem tiveram o trabalho de procurar no dia do acidente. Esclareço, que em nenhum momento fui maltratado pela equipe de polícia ou bombeiros. Quando me disseram que ela estava viva, chorei de alegria, acredito no milagre de Deus e hoje tenho minha amiga de volta”, complementa o adolescente.

Durante a semana, a equipe do Blog tentou entrar em contato com o Corpo de Bombeiros de Juazeiro, mas depois de várias tentativas não tivemos uma resposta ou nota enviada sobre o fato. O espaço continua aberto para esclarecimentos.

4 COMENTÁRIOS

  1. E pergunto: o que uma adolescente estava fazendo na ponte a noite? Que eu saiba a noite só quem anda são os frequentadores dá ilha do fogo que por sinal não vão tomar banho e sim fazer outras coisas que todos já sabem.

    • Qualquer pessoa pode fazer caminha dependente de hora ou local e não é pq ele é um adolescente que ele é usuário de droga ou tava fazendo coisas erradas, meu filho nunca se envolveu com nada errado ,isso foi um acidente e não cabe a ninguém julgar ou falar o que não sabe.se não conhece a pessoa então não fale o que nao sabe.

  2. Pergunta mais normal do mundo. Não sei por que o mimimi da surpresa. Eu, sendo policial, procederia da mesma forma.

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