Para buscar mais informações sobre a definição e os principais conceitos sobre Cidades Inteligentes (CI), a equipe de reportagem do Blog entrevistou o Doutorando na área, Vanderley Gondim, que pontuou algumas atitudes que pode levar um município a se tornar uma CI.
De acordo com Gondim, as cidades inteligentes são mais conhecidas como Cidades 2.0, evoluiu das cidades digitais, e usa a tecnologia da informação e comunicação para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Consiste em um trabalho de engajamento das pessoas, tornando o cidadão mais próximo da sua gestão. Dessa forma, ele se torna mais participativo, oferecendo sugestões e emitindo opiniões sobre a cidade e as políticas públicas implementadas. Saindo assim, da condição de consumidor de serviços da prefeitura e passando a ser protagonista.
Outro princípio de uma CI é a expansão dos municípios pensada para pessoas e não para carros, o que não ocorre atualmente. “As cidades estão crescendo proporcionada na infraestrutura baseada nos carros e não nas pessoas, as quais habitam as cidades. E são elas (as pessoas) que vão conseguir transmitir informação com precisão de onde se encontram os problemas e como fazer para resolvê-los.”, explica o Doutorando.
Segundo Vanderley, para que um prefeito transforme seu município em uma CI, é fundamental ter um planejamento. “Não é um planejamento de quatro anos de gestão, é um plano a longo prazo para que se consiga resultados expressivos. Por que o que acontece é que os gestores atacam a consequência e não a causa dos problemas.”, ressalta.
Por outro lado, Gondim pontua que não se pode apenas esperar pelas prefeituras, pois o cidadão pode agir também mantendo o que é feito por parte do poder público, o que já resolveria muitos problemas. Além disso, ser vigilante e ter o sentimento de pertencimento impedindo que os espaços de convivência sejam destruídos por ação de vândalos. Ele ainda acrescenta que é necessário ouvir os jovens, para que eles possam se expressar, pois podem contribui para ações das cidades.
Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humana
Entidade sem fins lucrativos, que reúne 350 cidades, recentemente lançou 202 indicadores em diversas áreas para que as pessoas tenham noção dos critérios de uma cidade inteligente e cobrar dos seus municípios. A partir desses indicadores haverá um ranking para se saber quais as cidades inteligentes no Brasil.
Petrolina e Juazeiro ainda não estão filiadas a essa rede, mas no Pernambuco pelo menos 23 municípios já estão cadastrados. A Rede realiza o trabalho de apresentar o conceito das cidades inteligentes e como se tornar uma. Além de possuírem um projeto de até 2030, as 350 cidades já filiadas na entidade se tornem Cidades Inteligentes e Humanas. Para saber mais acesse o site (redebrasileira.org) ou acompanhe a entidade pelas redes sociais.