Sobre este voo fretado pelos organizadores do torneio Sul-americana de futebol, com fins de baratear o custo de deslocamento dos atletas e demais participantes da partida, tenho um comentário particular que se somará a outros tantos. Dado os fatores que ocasionaram a queda desta aeronave, independente de ser especialista no assunto, mas apenas um aficionado por aeronaves, rotas, aeroportos, e todas as curiosidades que cercam este mundo da aviação, tão fantástico e desafiador para todos nós.
O que penso? Irresponsabilidade.
Sem pedir respeito, empresa aérea da Bolívia?….01 aeronave ? Enfrentando nuvens cúmulo nimbus, que necessitam às vezes desvios de até 100/150 km para serem contornadas? Aproximação padrão com sinal de alerta de falta de combustível iminente? Piloto, dono da empresa, pedindo e solicitando a prefeito de Chapecó que utilize de prestígio para que a ANAC quebre os acordos do TRATADO AÉREO DE CHICAGO e permita um voo operacionalmente ilegal do ponto de vista das regras acertadas? … Um quadrireator com uma autonomia de voo sem margens para rotas alternativas em caso de emergências, tipo ESTA que ocasionou a queda?…. como há 31 anos, 1985, escutei de um senhor na poltrona ao meu lado, em meu primeiro voo, VARIG, 301, com origem em Manaus, partindo de Recife em direção ao Rio de Janeiro, percebendo em mim a ansiedade, o deslumbre e a insegurança da primeira viagem aérea: “Garoto, fica tranquilo, avião não foi feito para cair. Apenas de vez em quando, algumas pessoas derrubam ele”. Hoje, foi mais um.
Pelo Empresário, Cícero Adalmir Furtado de Moraes.