Em Havana, mais de 2 milhões de pessoas lotam praça da Revolução para se despedir de Fidel

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Mais de 2 milhões de pessoas lotaram a praça da Revolução, em Havana, na noite desta terça-feira (29), para se despedir do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. O ato faz parte dos nove dias de luto oficial decretado pelo governo para homenagear e memória do líder revolucionário.

Na presença de chefes de Governo e representantes de diversas nações, muitos dos quais discursaram em homenagem e agradecimento a Fidel, o povo entoou gritos e palavras de ordem, como: “Eu sou Fidel!”, “Viva Fidel, venceremos!”, “Sempre Fidel!” e “O povo, unido, jamais será vencido”.

Fidel Castro morreu na noite de sexta-feira (25), exatamente 60 anos depois de que partiu, do México rumo a Cuba, no iate roubado Granma, com um grupo de 82 guerrilheiros. A ação foi desbaratada pelas tropas do então presidente do país, Fulgêncio Batista, mas Fidel conseguiu fugir e agrupar forças suficientes na Serra Maestra, de onde, quase três anos depois, viria a liderar a entrada em Havana na Revolução Cubana.

Na primeira etapa da série de atos programados, cubanas e cubanos passaram para se despedir de Fidel pelo salão com suas cinzas montado dentro do Memorial José Martí, que fica na mesma praça, além da assinatura do compromisso com a revolução firmado por Fidel em 2000. Só em Havana, mais de 3,5 milhões de pessoas assinaram os livros disponibilizados com esse propósito.

A partir das 7h desta quarta-feira (30), as cinzas de Fidel seguem em cortejo fúnebre para Santiago, cidade natal do comandante (leste da ilha), para que os cubanos de outras cidades possam também dar adeus a ele e firmar o mesmo compromisso. O trajeto repete a Caravana da Liberdade realizada pelos revolucionários após a derrubada de Batista, em 1959, e se encerra no sábado (3/12). (Opera Mundi)