Quase 34 mil pessoas ficaram sem emprego em agosto (33.953). No acumulado do ano, o nível de emprego formal apresentou declínio de 1,64%, correspondendo à perda de 651.288 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi da ordem de 1.656.144 empregos, retração de 4,07%. O fechamento de vagas no mês passado, entretanto, foi significativamente menor do que a registrada em agosto de 2015, quando houve o fechamento de 86.543 vagas formais.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. Com o resultado, o estoque de emprego Segundo o levantamento, três setores de atividade econômica apresentaram saldo positivo de geração de empregos no mês. A Indústria de Transformação registrou a maior alta, com a criação de 6.294 vagas, invertendo a tendência registrada em agosto de 2015. Dos doze ramos que compõem a indústria de transformação, destaca-se a produção de alimentos, com geração de 8.687 vagas, e o setor de calçados, com 2.684 novas vagas no mês.
O setor do Comércio também apresentou saldo positivo, com geração de 888 postos no mês, seguido do setor de Extrativa Mineral, com um crescimento de 0,18% e a geração de 366 vagas de trabalho. Dentre os demais setores, os que registraram maiores perdas de emprego foram Construção Civil (-22.113 postos), Agricultura (-15.436 postos) e Serviços (-3.014 postos).
O emprego formal apresentou resultado positivo em 13 estados brasileiros, com destaque para Pernambuco (9.035), impulsionado pelo desempenho positivo da indústria de produtos alimentícios (7.016). O resultado é decorrente do impacto da alta do cultivo de cana de açúcar, que gerou 1.323 postos de trabalho em todo o país. Paraíba registrou a criação de 5.905 postos de trabalho, seguida de Alagoas (4.099) e Santa Catarina (3.014).
A maior queda no nível de emprego formal foi registrada no Rio de Janeiro, com o fechamento de 28.321 vagas, impactado pelo ramo Comércio e Administração de Imóveis (-8.395) e Serviços de Alojamento e Alimentação (-4.452), dados influenciados também pelo fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Também houve também perda de vagas em Minas Gerais (-13.121), devido o fim do ciclo de produção de café, e Espírito Santo (-4.862). (DP)