O vereador Ronaldo Souza (PTB) solicitou através de requerimento à presidência da Câmara de Vereadores de Petrolina, a abertura de uma comissão especial e instalação de inquérito com a finalidade de investigar a origem dos recursos e os valores dos gastos destinados para a pavimentação de ruas e incluindo a parte asfáltica do município.
“Foi um número enorme de dinheiro que a casa aprovou para a pavimentação em Petrolina, só que nós precisamos tomar conhecimento dos valores investidos, o que é do Programa Pavimenta Petrolina, o que saiu da agência bancária e os recursos que foram destinados do FEM e além disso, o início de uma pavimentação que foi feita pelo governo, à exemplo da Cardoso de Sá, as Avenidas que ligam o Cassimiro, João de Deus, Pedro Raimundo, que não apresentam estrutura técnica”, explica.
Ronaldo Cancão conta ainda que a gestão municipal solicitou, segundo ele, mais de R$ 2 milhões, em Betume (uma resina asfáltica) e R$ 3 milhões em brita para as obras.
“Fora isso, existem os contratos com as empresas terceirizadas para fazer o serviço, eu mesmo na época não aprovei os R$ 3 milhões que seriam destinados do Banco do Brasil para equipamentos viários, usina asfáltica móvel e o dinheiro foi aprovado e ninguém sabe se usaram os recursos porque posso dizer que os equipamentos não foram usados”, disse.
O vereador pede que a prefeitura disponibilize o valor das obras, do “Pavimenta Petrolina”, se elas foram feitas com recursos próprios ou com financiamento em mais de R$ 26 milhões e ainda as solicitações para a pavimentação ligadas ao Tribunal de Contas.
“Baseado nisso queremos saber a origem dos recursos, do dinheiro, porque o município já tinha equipamentos como rolo compressor, caçambas, tratores e tem o PAC destinado para a pavimentação dos municípios, quero principalmente saber quanto foi gasto na Avenida Cardoso de Sá, naquele serviço onde o asfalto está se desmanchando”, alega.
Ronaldo Souza disse que o presidente da Casa Plínio Amorim, Osório Siqueira, entendeu que baseado no artigo 59 do regimento interno, será desnecessária a aprovação do plenário para a abertura da comissão, que o parlamentar chama de “CPI do asfalto”, previsto que o requerimento apresenta requisitos de acordo da lei e já tem a assinatura de 10 vereadores.
“Não me interessa a questão do período eleitoral, só quero saber aonde está sendo investido o dinheiro público e chamo de “CPI” porque é algo que vai ser investigado, direcionado principalmente ao Programa “Pavimenta Petrolina, só na Cardoso de Sá foram aplicados mais de R$ 1 milhão de reais, um serviço de amador”, finaliza Ronaldo Cancão.