Perito diz que manifestações do Caso Beatriz em Petrolina devem poupar pontes, ruas e até a justiça

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george

Mais uma declaração sobre o Caso Beatriz em Petrolina envolve o perito George Sanguinett, que em sua página nas redes sociais, alega que as manifestações de rua, clamando por esclarecimentos do crime, não deveriam chegar até a justiça, poupando ainda protestos na ponte, analisando também o último ato realizado na frente do Fórum de Petrolina. Confira o que diz o perito sobre o assunto:

Respeitem a Justiça! Por que cobrança ao Judiciário? O Crime hediondo contra uma criança. Quarenta e duas facadas, no seu corpo frágil, incapaz de antepor defesa a tamanha agressão. Oito meses de impunidade Petrolina tem autoridades para investigar, o governador solicitou ajuda a Bahia. O que vai ser feito e quando? Por que e por quem Beatriz foi assassinada?

As manifestações de rua, clamando por esclarecimento do caso, chegaram a Justiça. Cadeados foram colocados no Fórum de Petrolina, cartazes, cobrança de coragem e de resultados, mas no âmbito do Judiciário?

A Justiça não merecia esta cobrança, porque o inquérito, o relatório final do delegado, com o parecer do Ministério Público, ainda não foi encaminhado a Justiça.Caberia a cobrança, se já existisse um processo e o mesmo não tivesse tramitação normal. E se o caso fosse esse, o respeito a Justiça, ao Magistrado, exigiria uma cobrança em termos mais educados, mais respeitosos.

As manifestações visando o esclarecimento do crime bárbaro, devem poupar as pontes, as ruas de tráfego intenso, pois prejudica quem não tem nenhuma participação na inércia, na morosidade das investigações. E jamais chegar ao Judiciário.

A Constituição Federal é clara. No ART. 144, IV parágrafo 4 Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem…a apuração de infrações penais. Um local mais pertinente, se acham que deve haver manifestação é na porta da delegacia de polícia. Cadeados, cartazes, até acampamento no local. O que não cabe é protestar para quem não tem o encargo de apurar, de apresentar culpados. A polícia civil tem por dever de ofício, por obrigação legal, de apontar autoria e dar seguimento ao Ministério Público, que se convencido das provas, enviar ao Judiciário.