O prefeito de Petrolina Julio Lossio, tem comemorado nas redes sociais a reversão da Compesa que através de decisão favorável ao município de petrolina em disputa com o Governo do Estado, pede a suspensão do contrato com a companhia.
Questionado sobre o assunto, o governado Paulo Câmara diz que vai recorrer da decisão que ele considera precoce.
“A Procuradora-Geral do Estado está acompanhando, nós vamos recorrer dessa decisão ainda considerada preliminar porque precisamos entender que cabe a Compesa a ao estado, a gestão que nós temos vigente”, diz.
A Companhia Pernambucana de Saneamento detinha contrato com vigente por 50 anos, até 2025, para prestação dos serviços de água e esgoto na cidade. A ação ajuizada por Petrolina alega os prejuízos à economia e à saúde pública pela ineficiência dos serviços prestados pela concessionária, sobretudo por lançar o esgoto sem tratamento adequado diretamente no Rio São Francisco, este que é fonte de captação da água consumida na cidade. De acordo com o pedido do município, trata-se, por parte da companhia, um desserviço à saúde da população promover a captação de água para consumo humano no mesmo local em que despeja, sem tratamento, o esgoto sanitário de Petrolina.
Em entrevista ao Blog, o gerente regional da empresa, João Rafael, diz que a Compesa ainda não foi notificada oficialmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que não concorda com a opinião da prefeitura, quando ela diz que a companhia não estaria atendendo bem a população, causando prejuízos, principalmente pelo esgoto in natura jogado no Rio São Francisco.
“Nós ainda não fomos notificados e a nossa preocupação agora são com os serviços que estão sendo disponibilizados aos petrolinenses. Vamos continuar trabalhando para que a população não sofra com essa briga judicial. Eu contesto essa alegação da prefeitura, nós não atendemos mal a população de Petrolina. É lógico que temos muito o que melhorar, mas comparando com outras cidades, nós atendemos e realizamos os serviços com qualidade e desafio a quem encontrar tubulação da Compesa jogando esgoto no Rio São Francisco. Existem na verdade galerias de águas pluviais em que as ligações de esgoto são clandestinas e a fiscalização não é de competência da Compesa, nós realizamos de fato é o tratamento do esgoto”, explica João Rafael.”