Quanto custa criar um bode e um carneiro? Qual a forma de criação viável para ter bons lucros com a criação de caprinos e ovinos? Foi para responder essas perguntas que técnicos da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária – CNA, da EMPRAPA Caprinos e Ovinos, da Federação da Agricultura do Estado da Bahia – FAEB, e do Serviço Nacional da Aprendizagem Rural – SENAR se reuniram com produtores rurais de Juazeiro esta semana. O encontro foi na sede do Sindicato de Produtores Rurais que fica no bairro Santo Antônio.
Durante todo o encontro, os técnicos ouviram produtores, entidades que prestam assistência técnica e integrantes do sindicato de produtores rurais, com a finalidade de fazer um levantamento do custo da produção da criação de bode e carneiro. Os dados vão servir de base para que o produtor se oriente em relação ao custo que ele vai ter para criar cada animal da sua propriedade e passe a gerenciar melhor sua propriedade e assim definir a maneira mais adequada de criar esses animais para obter um melhor lucro. O trabalho faz parte do projeto Campo Futuro da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária que iniciou em 2008 e está fazendo esse levantamento em todas as atividades rurais.
“Esse trabalho é importante porque vai melhorar a rentabilidade do homem do campo” frisou o secretário do sindicato dos produtores rurais de Juazeiro, Raimundo dos Santos. Para o pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos, que fica na cidade de Sobral-CE, Fernando Henrique Albuquerque, esse levantamento vai servir de base para pesquisas que possam ser realizadas aqui na região. “Além disso, esses dados levantados aqui em Juazeiro, vão também subsidiar a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária para possíveis suportes a esse sistema de produção, principalmente no aspecto econômico do sistema e a partir daí torná-lo mais viável financeiramente, considerando os custos de produção e as receitas caracterizadas por esse painel”, concluiu Fernando Henrique.
Ricardo Borges da Cunha, coordenador de programas do SENAR-BA, destacou a importância do painel. Para ele o objetivo maior é se chegar a entender a realidade da cada região, de cada produtor, como ele tá conduzindo a forma gerencial de sua propriedade. Isso vai favorecer ações públicas como suporte para o desenvolvimento da realidade de cada produtor. “O que se busca é uma forma de profissionalizar o seguimento e assim melhorar o sistema de gestão dessas propriedades. É preciso que o produtor entenda que tudo tem custos e tem que ter receitas, para que seja viável o trabalho que ele desenvolve na propriedade”, concluiu Ricardo Borges.