Os professores efetivos estão com as atividades paralisadas porque a Prefeitura não cumpriu o acordo, feito no mês de março, onde os salários de fevereiro, que estão atrasados, seriam divididos em quatro parcelas, assim como o calendário de pagamento e também o FUNDEB 40, pago com atraso. Após alguns dias de greve, reuniões, movimentos de servidores municipais, e por último, paralisação, ainda não se tem ideia do que os próximos capítulos dessa novela reserva para os servidores, efetivos e contratados.
Os alunos estão sem aula desde segunda feira (18), alguns estudantes estão com aulas por conta de nas escolas existirem professores contratados, que, por esse motivo não podem paralisar suas atividades. Porém, estão com os salários atrasados a cinco meses e argumentam que trabalham porque têm necessidade de “comer, vestir, pagar as contas”. Segundo alguns professores, o gestor não dá nenhuma posição a respeito desses salários atrasados, apenas que a culpa é da crise e que não está tendo repasse. Os contratados ainda indagam: “como a gestão quer fazer concurso, com tamanha desorganização? A folha aumentaria muito, e quem iria arcar com a responsabilidade seria o próximo prefeito, em 2017”.
Conversando com algumas mães, elas relatam que a culpa não é do servidor público e sim da gestão. A dona de casa e estudante, Joseane Alves, contou que tem três filhos matriculados na escola Doutor Francisco de Alencar Lima que está sem aula, mas não critica os professores, pois “eles precisam ser respeitados como profissionais responsáveis pela formação do cidadão, e estão no direito de reivindicar”.
Muitos servidores contratados já entraram com ação na justiça, contra o município, devido os salários atrasados. Nesta Sexta feira (22), se não houver pagamento, haverá mais uma assembleia e se a categoria acatar, a greve volta.