Direção do Hospital Universitário relata episódio ocorrido no fim de semana: “o portão foi fechado apenas em alguns momentos”

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Depois de relatos dos leitores sobre a falta de atendimento no Hospital Universitário de Petrolina neste fim de semana, onde segundo informações, a diretoria da unidade pediu para que as portas do hospital fossem fechadas por conta da demanda de pacientes, o responsável pela administração do hospital,  Julianelli Tollentino e reitor da Univasf, esclarecendo o acontecido disse que:

O plantão do fim de semana não tinha ortopedista escalado, o cirurgião do estado que estava na escala faltou, a cirurgiã que recebeu o plantão teve que ir embora porque o pai teve um AVC, não tinha anestesista, tínhamos 35 pacientes na vermelha e 60 pacientes no corredor da verde com 5 técnicos de enfermagem e 1 enfermeiro, apenas 2 clínicas no plantão.

Fui ao hospital para tentarmos resolver a situação, entrei em contato com o diretor médico, com a diretora de enfermagem e com o responsável da governança, para explicar a situação, não tínhamos como atender a demanda de pacientes graves, a enfermagem sozinha não podia se responsabilizar por isso, então orientei a técnica da sutura a atender os casos simples fazer os curativos e enviar o paciente para casa com atendimento de enfermagem.

O portão foi fechado em alguns momentos, apenas para conter e redirecionar o fluxo de pacientes graves do trauma, nos momentos críticos, as outras demandas continuamos atendendo, inclusive as próprias clínicas atenderam casos que não eram delas, fiquei até por volta de meia-noite na porta da vermelha, triando os casos e conversando com as famílias que estavam sendo acolhidas e estávamos educadamente e respeitosamente explicando a situação

Comuniquei ao SAMU e a central de regulação logo cedo no início do plantão o que estava acontecendo, porém a médica Juliana, reguladora do SAMU, que se diz sobrinha de um vereador, não queria colaborar e sim inflamar a situação, infelizmente queria tumultuar e sobrecarregar nossa equipe, invadiu nossa sala intimidou nossa equipe fez escândalo, ligou para o promotor e inclusive o mesmo orientou a ela que não enviasse pacientes graves para lá, porque não tinha médico, ela chamou policiais dizendo que nosso segurança a agrediu, fato esse que foi desmentido por nossa equipe e pelos próprios familiares e acompanhantes de pacientes que estavam fora da sala, os próprios policiais viram que estávamos com a razão e não houve fundamentos para as acusações foram embora do hospital nos tranquilizando

A medida de fechar o portão em alguns momentos respaldado pelo diretor médico e pelo responsável pela governança naquele momento, foi para proteger nossa equipe e redirecionar o fluxo de pacientes graves para a cirurgia, tivemos um paciente grave da neuro que foi a óbito, ele chegou gravíssimo, vítima de PAF na cabeça, com perda de massa encefálica, pupila midriática, teve assistência da enfermagem e do médico do SAMU até a chegada do neuro que também prestou toda assistência necessária, realizou tomografia, acesso central, foi instalado noradrenalina, porém não resistiu, tudo documentado no prontuário, ou seja vamos acabar com o sensacionalismo por que ninguém morreu no nosso portão!

Os casos graves de cirurgia foram para o regional, e quem chegava com recursos próprios era atendido, bom a real situação foi essa e esta aí a equipe do plantão para desmentir ou não os fatos.

Além disso, é importante frisar que além da participação dos municípios de Petrolina e Juazeiro, será imprescindível o atendimento pleno pelos serviços em Juazeiro (SOTE e Regional) para que possamos dar vencimento a demanda da Rede PEBA.

8 COMENTÁRIOS

  1. 1 – Falaram que se o hospital fosse gerido pela ebserh, as coisas iriam melhorar. E o tempo está mostrando que isso não passou de uma grande ilusão.
    2 – Eles sempre vem com as mesmas desculpas. Falta de profissionais. Tantos meses se falando nisso. Pq até agora isso não foi resolvido?
    3 – Sera que eh soh falta de medicos mesmo? Sera que nao eh um problema estrutural e gerencial, e que por conta disso não atrai medicos para o hospital?
    4 – Não seria a hora de mudar a gerencia do hospital?

  2. Essa é a confirmação de que só o HU está atendendo , pois se o paciente está tão grave existe hospitais particulares que são filiados ao SUS o poderia atend-: los.

  3. Isto e historia p boi dormi. Ebserv veio para acabar o HU. Quem estava a 1 ano atras com a administração da ISGH saiamos que tinhamos dificuldades. Mais nada o que se vive hoje. Com os leitos de UTI fechados. Cade os equipamentos novos que seria comprados. Ate hoje se trabalha com as mesma canetas de bisturi no Bloco e os aparelhos de bisturi eletrico do tempo da ISGH.

  4. Edenevaldo vc como uma pessoa plublica deve e fazer uma visita ao HU. Lutar pelos direitos da população. E nao dar ouvidos a esta administração inresponvais. Que só se fala em bons salarios. E se trabalhava com muito menos salário mais os funcionarios eram comprometidos com a população. HU era referência, salvavamos vidas. Tinhamos o comprometimento com a população. Hoje em dia os corredores do HU parece mais um purgatório. Com tantos pacientes esquecidos , jogado ao descaso,a falta de respeito com o ser humano.

  5. Interessante a visao de cada comentarista acima – escondidos sob falsos nomes – M.loira. – gatinha – e outros – pelos discursos, identificados.
    Fazendo de um ato insano de uma profissional que deveria buscar o melhor para o paciente, uma tragedia.
    Ha interesses politicos, ano de eleição, os venenos serão lançados para todos os lados, quem viver verá.

  6. Infelizmente não podemos tratar pessoas como números, pessoas são vidas. Infelizmente está precário a saúde no Brasil, no Nordeste etc. Fico muito triste, quando o Estado comete mais um homicídio culposo contra a sua população, isso se deve ,muitas vezes, por causa da corrupção.

  7. Falem apenas o Q entendem de saúde
    Niguem aqui sabe o quão lutadores há naquele hospital!! É graças por existir o HU nessa região!!

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